Comentários referentes à 27/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 27/01
O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,02, ou $ -10,75 cents/bushel a $ 1045,00. A cotação de maio, fechou em baixa de -0,91% ou $ -9,75 cents/bushel a $ 1058,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -1,34% ou $ -4,1 ton curta a $ 300,8 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de 0,49 % ou $ -0,22/libra-peso a $ 45,00.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações da soja cederam em sintonia com a grande maioria das commodities, visto a pressão vinda do mercado de ações, que acumulando grandes perdas realizou lucros para cobrir os saldos ne gativos e reduzir riscos.
As inspeções de exportação de soja caíram 25,5% no comparativo semanal, o volume de 729.362 toneladas de soja embarcadas ficou abaixo do esperado pelo mercado. As reduções de tarifas na Argentina, as chamadas retenciones, não colaboram para um momento em que se coloca muitas dúvidas sobre a política comercial americana. A Argentina é o principal exportador de subprodutos da oleaginosa.
Mesmo quando apresentam cortes, as consultorias brasileiras estimam ainda que a safra brasileira será acima de 170 milhões de toneladas, o que dá ao comprador um grande conforto de fornecimento do grão.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-QUEDA NO MERCADO DE AÇÕES (baixista)
Queda das ações de tecnologia em Wall Street, que obrigou muitos investidores a buscarem os fundos necessários vendendo posições em comodities para cobrir perdas.
ARGENTINA-ENTROU HOJE EM VIGOR A REDUÇÃO NAS RETENCIONES (baixista)
A redução temporária das tarifas de exportação na Argentina – em vigor a partir de hoje até 30 de junho –, pode acelerar a liquidação dos estoques dos produtores e acelerar as exportações de grãos e derivados.
FARELO É O MAIS ATINGIDO (baixista)
Até o momento, o farelo de soja é o produto do complexo soja que menos assimila as notícias sobre a redução de retenções na Argentina, que é o principal fornecedor global do subproduto forrageiro. Nas duas últimas sessões de negociação, o ajuste da posição de março para o farelo em Chicago caiu 4,60%, de US$ 347,55 para US$ 331,57 por tonelada.
BRASIL-JANELA DE SOL AMPLIOU A COLHEITA (baixista)
O maior ritmo da colheita da oleaginosa no Brasil no fim de semana também pressionou os preços, graças a uma janela de tempo um pouco mais seco no centro do país e às chuvas registradas no fim de semana e hoje. em áreas agrícolas da Argentina que foram experimentando um clima muito quente e geralmente seco.
No Brasil, mas com dados de quinta-feira – a maior aceleração dos trabalhos no Centro teria ocorrido no fim de semana – a consultoria AgRural informou hoje o avanço da colheita de soja em 3,9% da área apta, contra 1,7% na semana anterior e 10,8% no mesmo período em 2024. “O Paraná se manteve na liderança da safra, seguido de longe pelo Mato Grosso do Sul.
Nos dois Estados, o ritmo da colheita é favorecido pelo clima mais seco das últimas semanas, o que encurtou o ciclo da cultura, mas também reduziu a produtividade em algumas regiões”, alertou a empresa, que ajustou sua estimativa de 171,50 para 171 milhões de toneladas. o volume da produção brasileira de soja 2024/2025. A queda se deve aos cortes de produtividade no Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. “As reduções nesses estados, no entanto, foram parcialmente compensadas pelo aumento no Mato Grosso, que tem uma safra excelente, apesar “da possível perda de qualidade dos grãos se as chuvas caírem novamente de forma constante durante fevereiro”, disse AgRural.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES
Em seu relatório semanal de inspeção de embarques dos Estados Unidos, desta vez referente ao segmento de 17 a 23 do mês corrente, o USDA informou embarques de soja de 729.362 toneladas, abaixo das 979.290 toneladas do relatório anterior e do intervalo espe rado pelos operadores, entre 800.000 e 1.250.000 toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica
