Comentários referentes à 15/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 15/01
O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,45%, ou $ -4,75 cents/bushel a $ 1042,75. A cotação de maio, fechou em baixa de -0,57% ou $ -6,00 cents/bushel a $ 1055,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -1,24 % ou $ -3,8 ton curta a $ 302,0 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 0,11 % ou $ 0,05/libra-peso a $ 46,27.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. As cotações da oleaginosa passaram grande parte do dia em leve alta, mas perderam força ao final da sessão. O mercado ainda realiza os bons lucros obtidos após as reduções acima do previsto no boletim de oferta e demanda do USDA. O relatório do NOPA, sobre o processamento de soja nos EUA também ficou em um valor acima do esperado pelo mercado.
No entanto, algumas previsões climáticas, para a segunda quinzena de janeiro, com aumento de umidade em áreas secas do sul do Brasil e Argentina pressionaram as cotações. A manutenção dos números de produção de safra de soja no Brasil de USDA, Conab e consultorias particulares, mesmo que distintos, mostra que o país deverá ter uma safra recorde em 2025.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
A QUESTÃO DO ÓLEO DE COZINHA RECICLÁVEL NOS EUA (altista)
Embora tenha perdido o brilho na última parte da sessão, o óleo também deu suporte ao mercado de oleaginosas, após somar seu sétimo dia positivo consecutivo em Chicago hoje (a posição de março somou US$ 1,10 e estava em 1.020,06 dólares) dada a possibilidade de que o óleo de cozinha usado importado não seja elegível para créditos fiscais que seriam concedidos aqueles que produzem combustíveis para transporte com baixas emissões de gases de efeito estufa.
Isso daria mais espaço para o óleo de soja. No entanto, essa questão acabará sendo definida pelo governo Trump, que já demonstrou falta de interesse em tudo relacionado às mudanças climáticas e às chamadas energias renováveis.
EUA-ESMAGAMENTO RECORDE (altista)
Em seu relatório mensal, a Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos informou hoje que a moagem de soja em dezembro foi de 5,62 milhões de toneladas, um volume recorde que ficou acima dos 5,59 milhões esperados em média pelos operadores. e dos 5,26 milhões de novembro e dos 5,32 milhões de milhões processados em dezembro de 2023. Em relação aos estoques de óleo de soja em 31 de dezembro, a entidade industrial os pesou em 562.455 toneladas, ligeiramente abaixo das 568.351 toneladas apuradas em média pelas empresas privadas, acima das 491.694 toneladas do mês anterior e abaixo das 616.886 toneladas reportadas no final de 2023.
Fonte: T&F Agroeconômica