Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 08/12/2025
FECHAMENTOS DO DIA 08/12
O contrato de soja para janeiro fechou em baixa de -1,04% ou $ -11,50 cents/bushel, a $1093,75. A cotação de março encerrou em baixa de -0,92% ou $ -10,25 cents/bushel, a $1105,75. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,36% ou $ -1,1/ton curta, a $ 303,6. O contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,90% ou $ -0,46/libra-peso, a $ 50,90.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. Mesmo com novas vendas, mesmo com embarques confirmados, mesmo com confirmações de volumes negociados em relatórios (atrasados) o mercado ainda dúvida que a China comprará as 12 milhões de toneladas anunciadas pelo governo Trump.
“Os contratos futuros de soja negociados em Chicago caíram abaixo de US$11 por bushel nesta segunda-feira, pela primeira vez desde outubro, devido à incerteza sobre se a China comprará tanto suprimento dos EUA quanto Washington espera, segundo corretores.” (…) “Alguns analistas permanecem céticos quanto às expectativas de que as compras de soja dos EUA pela China atingirão a meta de 12 milhões de toneladas, conforme citações das autoridades americanas.” Afirmou a reportagem da Reuters neste começo de semana. Alguns especulam vendas entre 5 e 6 milhões do toneladas para a China, visto que só é necessário informar ao USDA vendas diárias acima de 100 mil toneladas, mas o dado oficial até o momento é de 2.845.000 toneladas de soja vendidas em direção aos portos chineses.
Enquanto isso os compromissos de vendas para exportação de soja cairiam ainda mais em relação ao ano passado, com uma diferença de 40% até a primeira semana de novembro. O ritmo dos embarques também é menor.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-ESTOQUES MAIORES (baixista)
O mercado está esperando que o USDA coloque os estoques de soja nos EUA em 8,22 milhões de toneladas, acima das 7,89MT do relatório de novembro e isto é baixista. Os estoques mundiais devem ser divulgados um pouco mais altos do que o relatório anterior, o que também é baixista.
NÍVEL COMPETITIVO (baixista)
As cotações da soja na CBOT estão caindo procurando encontrar um nível competitivo o bastante para encorajar compras maiores por parte da China, considerando o pequeno ritmo de compras até o momento.
REAL DESVALORIZADO (baixista para CBOT, altista para o Brasil)
A desvalorização da moeda brasileira tem incentivado os agricultores do país a venderem mais soja.
CHINA FAZ LEILÃO DE SOJA (altista)
A companhia estatal chinesa SinoGrain está leiloando 512,2 mil toneladas importadas de soja grão no final desta semana. Este é o primeiro leilão em 3 meses, o que está sendo entendido como abertura de espaço para o ingresso de soja americana.
NOVA COMPRA CHINESA (altista)
A China comprou mais três navios de soja americana nesta segunda-feira e o USDA confirmou a venda de 132.000 toneladas.
CHINA-AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES (altista)
Na China, a Administração Geral de Alfândegas informou que o país importou 8,11 milhões de toneladas de soja em novembro, 13,43% a mais do que as 7,15 milhões de toneladas importadas no mesmo mês do ano passado, mas 14,45% a menos do que as 9,48 milhões de toneladas importadas em outubro. Nos primeiros 11 meses do ano, as importações chinesas aumentaram 6,90% em relação ao ano anterior, atingindo 103,79 milhões de toneladas.
“As importações de soja de novembro ficaram ligeiramente abaixo das nossas expectativas”, disse Rosa Wang, analista da consultoria agrícola JCI, com sede em Xangai, à Reuters. Ela acrescentou que as importações de dezembro podem chegar a 8,60 milhões de toneladas, o que elevaria as compras de 2025 a um recorde de cerca de 112 milhões de toneladas.
CONAB-PLANTIO DE SOJA
O plantio avançou 4,3% em relação com a semana anterior. Até 5 de dezembro de 2025, 90,3% da área total havia sido semeada, ante 86,0% da semana anterior, 94,1% do ano passado, ficando acima em relação à média de 5 anos de 89,8%. Paraná semeou 97,0%, Mato Grosso 100,0%, Mato Grosso do Sul 99,0%, São Paulo 100,0%, Bahia 94,0%, Minas Gerais 98,2%, Tocantins 93,0%, Goiás 92,0%, Santa Catarina 79,0%. Rio Grande do Sul plantou 69,0%, Maranhão 38,0% e Piauí 78,0% da área pretendida.
Fonte: T&F Agroeconômica




