Comentários referentes à 24/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 24/01

O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,92, ou $ -9,75 cents/bushel a $ 1055,75. A cotação de maio, fechou em baixa de -0,88 % ou $ -9,50 cents/bushel a $ 1068,25.

O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -3,30% ou $ -10,4 ton curta a $ 304,9 e o contrato de óleo de soja para março fechou em alta de 0,40 % ou $ 0,18/libra-peso a $ 45,22.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou o dia em baixa, mas o acumulado da semana em alta. Depois de uma semana com fortes oscilações, o mercado voltou a olhar para os números da América do Sul. O Brasil, mesmo com problemas pontuais em alguns estados, ainda colherá uma das maiores registradas, com dados variando entre 169 e 172 milhões de toneladas. A Argentina, apesar de confirmar um corte de 1 milhão de toneladas, ainda terá uma safra superior ao ano anterior. O governo argentino ainda fez cortes nas “retenciones” para a exportação de vários grãos, e no caso da soja, seus subprodutos, onde o país é um dos principais exportadores de farelo e óleo de soja.

As boas vendas semanais, no período anterior a posse do novo presidente, tiveram como destaque a China, que comprou 67,88% da soja negociada entre 10 e 16 de janeiro. Com isso a soja fechou o acumulado da semana em alta de 2,10% ou $ 21,75 cents/bushel. O farelo subiu 2,59% ou 7,7 ton curta. O óleo de soja caiu -1,03% ou $ -0,47 libra-peso no período.

Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA

a) Argentina-redução na produção: O clima quente e seco em grandes regiões agrícolas da Argentina, que ontem levou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires a reduzir sua previsão de produção de 50,60 para 49,60 milhões de toneladas;

b) Brasil-atraso na colheita devido ao excesso de umidade no ar no Centro-Norte. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária informou o avanço da colheita de soja em Mato Grosso em 4,22% da área plantada, atrás dos 21,51% da mesma época em 2024 e da média de 13,01% dos últimos cinco anos;

c) EUA-boas exportações americanas: O relatório semanal de exportações foi positivo para o mercado americano, desta vez para o período de 10 a 16 de janeiro, já que o USDA divulgou hoje vendas de soja 2024/2025 de 1.491.800 toneladas, acima das 569.100 toneladas do relatório anterior e dentro da faixa prevista pelos operadores, que era de 600.000 a 1.800.000 toneladas. “As vendas líquidas aumentaram significativamente em comparação à semana anterior e à média das quatro semanas anteriores”, disse a agência, relatando a China como o principal comprador, com 888.600 toneladas;

d) Brasil-queda do dólar e valorização do real: Com influência positiva tanto no mercado de soja quanto no de milho dos EUA, o real voltou a se valorizar frente ao dólar hoje – cerca de 2,5% nesta semana – o que melhora a competitividade das exportações norte-americanas, em detrimento das brasileiras.

FATORES DE BAIXA

a) Argentina-redução de impostos de exportação: A redução temporária das tarifas de exportação na Argentina (de 33% para 26% na soja e de 31% para 24,5% no farelo e óleo, até 30 de junho), o que levou os operadores a especularem sobre maiores vendas dos produtores e de embarques do país que lidera as vendas de subprodutos da oleaginosa. As maiores perdas foram registradas pelo farelo, cujo contrato de março perdeu US$ 11,46 e encerrou o dia com ajuste de US$ 336,09 a tonelada;

b) No Brasil, os anúncios das consultorias, todos acima de 170 MT, deixam mais tranquilas as indústrias esmagadoras, que necessitarão mais soja para produzir mais biodiesel neste ano, para atender o aumento de B14 para B15), quanto os exportadores, que esperam exportar 105,5 milhões de toneladas nesta temporada, segundo a Conab.

Fonte: T&F Agroeconômica



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