Comentários referentes à 31/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 31/01
Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,68 % ou $ -8,25 cents/bushel a $ 482,00. A cotação para maio, fechou em baixa de -1,69 % ou $ -8,50 cents/bushel a $ 493,00.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou o dia e a semana em baixa, mas o acumulado do mês em alta. O milho manteve em janeiro a tendência de alta vista desde agosto, fechando o saldo mensal de forma positiva. Bom consumo interno e demanda externa deram força ao grão, com o USDA reduzindo os seus dados de estoque no boletim mensal. No entanto as recentes tarifas que o governo Trump quer impor a grandes compradores de cereal, como o México, que fica com a maior fatia do milho exportado, podem dificultar o escoamento do grão.
Além disso, a diferença de preço entre o milho e o trigo é a menor em 3 anos, o que pode estimular o uso de trigo para alimentação animal. Tudo isso tem puxado as cotações do milho para a linha abaixo dos US$ 5 bushel, valor que ultrapassou, mas não se sustentou duas vezes durante o mês. Com isso o milho fechou o acumulado da semana em baixa de -0,92% ou $ -4,50 cents/bushel. O saldo de janeiro foi positivo, com alta de 5,13% no mês.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho fechou dia em baixa, mas saldo semanal e mensal foi positivo
Os principais contratos de milho encerraram o dia em baixa nesta sexta-feira (31). Semana fecho com alta de 0,47% e o acumulado de janeiro com ganhos de 3,10%. O milho da B3 sentiu a pressão da queda de Chicago no dia e na semana e a forte queda do dólar em janeiro. A possível guerra tarifária dos EUA, contra, até agora, Canadá, México e China pressionaram as cotações nos EUA e tiraram a atenção dos atrasos da colheita do milho primeira safra e soja, assim como a lentidão para o plantio do milho safrinha. O milho brasileiro pode ser um grande beneficiado nesta disputa, visto que é um dos poucos países com capacidade de suprir a demanda de diversos destinos.
No entanto ainda é cedo para dizer se acordos efetivos ou as tarifas sairão dessas negociações forçadas do novo governo americano. Caso a Casa Braca consiga bons acordos, as exportações brasileiras podem ser afetadas. Com isso o investidor está buscando segurança, principalmente agora que a primeira safra já está sendo colhida e retirará da indústria a pressão para repor os estoques.
OS FECHAMENTOS DO DIA 31/01
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 75,56 apresentando baixa de R$ -0,52 no dia, alta de R$ 0,35 na semana; maio/25 fechou a R$ 75,40, baixa de R$ -0,62 no dia, alta e R$ 0,57 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 71,12, baixa de R$ -0,65 no dia e baixa de R$ -0,02 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica