Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 19/05/2025
FECHAMENTOS DO DIA 19/05
Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,90% ou $ 4,00 cents/bushel a $ 447,50. A cotação para julho, fechou em alta de 1,60 % ou $ 6,75 cents/bushel a $ 428,25.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. Os Fundos de Investimento aproveitaram alguns problemas climáticos nos EUA e Argentina, assim como um robusto relatório de embarques para exportação para justificar a recompra de posições sobrevendidas. Chuvas recentes alagaram algumas áreas nos EUA, o que pode prejudicar o plantio acelerado do país. Na Argentina, as precipitações podem comprometer parte das lavouras ainda não colhidas. O USDA apontou um aumento de 32% no volume de milho embarcados para exportação no comparativo semanal.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa com gripe aviária
Os principais contratos de milho encerraram o dia de forma mista nesta segunda-feira. Salvo um pequeno ajuste positivo para a cotação de julho26, os contratos negociados na B3 fecharam em queda neste começo de semana. Além da pressão sazonal, com o começo da colheita do milho safrinha se aproximando, o milho, assim como o farelo de soja estão sofrendo com a gripe aviaria identificada no Rio Grande do Sul. Até esta segunda-feira 18 países suspenderam a suas importações de frango do Brasil, até que maiores investigações sejam feitas.
O Cepea informou nesta segunda que “Estimativas indicando produção de milho elevada no Brasil e no mundo mantêm pressionados os valores internos do cereal, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) operando no menor patamar nominal desde janeiro,
de acordo com levantamentos do Cepea.
No Brasil, as boas condições climáticas na maior parte das regiões produtoras de segunda safra sustentam a expectativa de boa produtividade, enquanto nos Estados Unidos a semeadura em bom ritmo e o clima favorável também melhoram as perspectivas sobre a produção, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Nesse contexto, segundo o Centro de Pesquisas, parte dos consumidores brasileiros prefere se afastar do mercado e aguardar novas desvalorizações para recompor os estoques. Já vendedores tentam negociar lotes remanescentes da temporada 2023/24 e da atual safra verão 2024/25.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 19/05
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,07 apresentando alta de R$ 0,06 no dia, baixa de R$ -1,51 na semana; julho/25 fechou a R$ 63,17, baixa de R$ -0,74 no dia, baixa de R$ -1,41 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 67,00, baixa de R$ -0,15 no dia e baixa de R$ -0,79 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
POSIÇÃO EXCESSIVAMENTE VENDIDA DOS FUNDOS FEZ SUBIR O MERCADO (altista)
O milho encerrou o dia em alta em Chicago, após completar sua quinta semana consecutiva de queda na sexta-feira. Os ganhos foram devido às compras em promoção por parte dos investidores em um mercado que apresentava sinais de sobrevenda e a um relatório positivo sobre as remessas de exportação dos EUA.
EUA-RITMO ACELERADO DO PLANTIO (baixista)
A melhora foi limitada pelo ritmo acelerado da temporada de plantio dos EUA (2025-2026), de um lado e, de outro, pela contínua falta de acordos entre a Casa Branca e os países que negociam tratamento tarifário diferenciado que os protegeria de tarifas recíprocas, o que pode em breve se tornar uma dor de cabeça comercial novamente, antes do que se espera ser uma colheita recorde nos EUA.
EUA-POSSÍVEL VOLTA DAS TARIFAS
De acordo com uma declaração emitida ontem pelo Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, as taxas tarifárias retornarão em breve a um nível “recíproco” se os países não conseguirem chegar a acordos comerciais durante a pausa de 90 dias. “O presidente Trump os alertou que, se não negociarem de boa-fé, retornarão ao nível de 2 de abril”, disse Bessent no programa State of the Union, da CNN, com Jake Tapper.
EUA-EXPORTAÇÕES FORTE (altista)
Em seu relatório semanal sobre inspeções de remessas nos EUA hoje, o USDA relatou remessas de milho totalizando 1.719.034 toneladas, acima das 1.300.112 toneladas do relatório anterior e próximo da previsão máxima dos produtores do setor privado, que estimaram uma possível variação entre 1 e 1,75 milhão de toneladas.
CHUVAS ATRASAM COLHEITA ARGENTINA (altista)
Também influenciaram o caso as fortes chuvas que caíram no fim de semana em regiões agrícolas da Argentina, o que atrasará a colheita do milho. Em relação ao impacto do excesso de chuvas que caiu nos últimos dias sobre o milho, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita no norte de Buenos Aires está quase 90% concluída, com as safras restantes provenientes principalmente de plantios de última temporada e segunda temporada, que cobrem uma área estimada a ser colhida de 120.000 hectares.
No oeste de Buenos Aires, embora ainda haja uma área maior a ser colhida, não são esperadas perdas significativas na produção regional para esta safra. Para o futuro, prevê-se baixas temperaturas e alguma precipitação adicional nos próximos dias, o que dificultará a secagem da safra. Portanto, será necessário aguardar a melhora das condições do solo e dos grãos antes que as colheitadeiras possam retornar e avaliar com mais precisão o impacto final deste evento na produção”, afirmou a Bolsa.
EUA-SITUAÇÃO DO PLANTIO DE MILHO
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, informou que o andamento do plantio nos EUA está em 78% semeado até o dia 18 de maio, ante 62% da semana passada, 67% do ano anterior e 73% da média histórica. As plantas emergindo estão em 50%, ante 28% da semana anterior, 38% do ano passado e 40% da média histórica.
Fonte: T&F Agroeconômica