Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 21/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 21/08
Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em alta de 1,97% ou $ 7,50 cents/bushel, a $ 387,50. A cotação para dezembro fechou em alta de 1,92% ou $ 7,75 cents/bushel, a $ 411,75.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Com a demanda pelo milho americano superaquecida e expectativa sobre a realocação de biocombustíveis, as cotações do cereal superam quase 2% durante a sessão. O USDA reportou vendas para exportação de 2,86 milhões de toneladas, volume muito acima do esperado pelo mercado. As exportações totais até o momento são sensivelmente maiores que no ano comercial anterior a alta não foi maior pois, o ProFarmer estimou produtividades elevadas em Iowa e Illinois, confirmando boas condições da safra, assim como nos dias anteriores. O Conselho Internacional de Grãos revisou para cima a produção mundial para um recorde de 1,299 bilhão de toneladas, com destaque para os EUA (423,5 milhões de toneladas).
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou em alta com forte alta em Chicago
Os principais contratos de milho encerraram em alta nesta quinta-feira. Os contratos do milho na B3 subiram de forma consistente apoiados na bolsa de Chicago e na reação do dólar nos últimos dias, que acumula alta ao longo da semana. As exportações estão melhorando, mas ainda estão caras para diversos destinos.
OS FECHAMENTOS DO DIA 21/08
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de setembro/25 foi de R$ 66,36, apresentando ganho de R$ 0,99 no dia e alta de R$ 1,85 na semana; o vencimento de novembro/25 foi de R$ 69,40, com alta de R$ 1,20 no dia e ganho de R$ 2,59 na semana; o contrato de janeiro/26 fechou a R$ 71,60, com alta de R$ 0,86 no dia e valorização de R$ 1,51 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)
Em seu relatório semanal sobre as exportações dos EUA, o USDA reportou hoje vendas de milho para 2025/2026 em 2.860.000 toneladas, acima das 2.047.800 toneladas reportadas
no relatório anterior e da faixa estimada por compradores do setor privado, que era de 900.000 a 2.000.000 toneladas. Destinos desconhecidos lideraram a lista de compradores, com 949.400 toneladas. Até o momento, as vendas antecipadas estão mais de 50% acima do volume acumulado no mesmo período em 2024. Em relação ao ciclo 2024/2025, a agência registrou cancelamentos de 27.100 toneladas.
EUA-MAIS SECA (altista)
Após a atualização semanal do mapa de monitoramento de secas, o USDA aumentou hoje a área coberta por milho com algum grau de seca de 4% para 5%, em comparação com 6% no mesmo período do ano passado. Assim como no caso da soja, isso pode ser agravado pela falta de umidade esperada no cinturão soja/milho nos próximos dias.
EUA-PROFARMER ENCONTRA PRODUÇÃO MAIOR (baixista)
Em relação à visitação agrícola em andamento, após o terceiro dia de visitas, a ProFarmer estimou a produtividade média de milho em Illinois em 12.526 quilos por hectare, em comparação com 12.813 quilos em 2024 e a média de 12.314 quilos nos três anos anteriores. Em relação às áreas visitadas em Iowa, a produtividade estimada no Noroeste foi de 12.421 quilos por hectare, em comparação com 11.084 quilos em 2024 e a média de 11.304 quilos; a produtividade estimada no Centro-Oeste foi de 13.008 quilos, em comparação com 12.293 quilos em 2024 e a média de 11.410 quilos; e a produtividade estimada no Sudoeste foi de 12.241 quilos, em comparação com 12.025 quilos em 2024 e a média de 11.510 quilos.
IGC AUMENTA PRODUÇÃO MUNDIAL (baixista)
O Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou hoje sua previsão para a produção mundial de milho de 1,276 para 1,299 bilhão de toneladas, um recorde histórico. “Esta revisão excepcionalmente acentuada reflete principalmente as projeções aprimoradas para a área e a produtividade do milho nos EUA”, observou o Conselho, elevando sua estimativa do volume de produção dos EUA de 398,90 milhões de toneladas para 423,50 milhões de toneladas. Vale destacar que, na semana anterior, o USDA elevou sua previsão de 398,93 milhões de toneladas para 425,26 milhões de toneladas.
ARGENTINA-ÁREA PLANTADA MAIOR (baixista)
Em seu relatório de pré-safra de milho, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) projetou ontem a área destinada à cultura de milho na Argentina para a safra 2025/2026 em 7,80 milhões de hectares, um aumento de 9,9% em relação aos 7,1 milhões de hectares da safra anterior, mas 7,1% abaixo do recorde de 8,40 milhões de hectares de 2023/2024.
ARGENTINA-95,9% PLANTADO (baixista)
Em relação à safra atual, a BCBA divulgou hoje o avanço da colheita de milho, com cobertura de 95,9% da área prevista. “As lavouras de safrinha e segunda safra ainda precisam ser colhidas na parte sul da área agrícola devido à umidade excessiva. Essa área precisará de vários dias para a retomada da colheita geral, de modo que a conclusão da colheita de milho poderá se estender até setembro. Nesse contexto, mantemos nossa projeção de produção em 49 milhões de toneladas”, afirmou a agência.
BRASIL-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista para o Brasil, baixista para CBOT)
Em sua revisão semanal das estimativas de exportação, a ANEC (Comissão Nacional de Agricultura) elevou sua projeção para os embarques brasileiros de milho em agosto de 7,97 para 8,05 milhões de toneladas, volume superior aos 3,97 milhões de toneladas de julho e aos 6,42 milhões de toneladas do mesmo mês do ano passado.
Fonte: T&F Agroeconômica