Comentários referentes à 13/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 13/03
Milho: A cotação de maio, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,98% ou $ 4,50 cents/bushel a $ 465,25. A cotação para maio, fechou em alta de 1,02% ou $ 4,75 cents/bushel a $ 472,25.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. As cotações o cereal se recuperou com perspectiva de redução de safra na Argentina, um relatório sem grandes alterações da Conab e vendas semanais dentro do previsto. A Bolsa de Rosário reduziu de 46 para 44,5 milhões de toneladas a perspectiva da colheita do milho na Argentina. O valor é inferior ao projetado pelo USDA nesta semana.
O relatório da Conab, trouxe um pequeno aumento na safra brasileira de milho, mas manteve a exportação. Ambos os dados ficaram abaixo dos indicados pelo USDA. As vendas para exportação foram 6% maiores e ficaram dentro da estimativa do mercado.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou com leves altas após relatório da Conab
Os principais contratos de milho encerraram o dia em alta nesta quinta-feira (13). O mercado reagiu positivamente ao relatório da Conab nesta quinta. Com poucos ajustes, o aumento do volume total da safra foi creditado ao milho primeira safra. Já o milho safrinha, responsável pelo grande volume do grão o país, foi reduzido em 530 mil toneladas. Com isso, o mercado, já aquecido para o milho safrinha, terá menos grão disponível no segundo semestre.
O corte veio do atraso no plantio e a falta de umidade ideal, onde algumas regiões produtoras vão migrar para outras, evitando o milho, que ainda tem um custo de produção elevado nesta temporada.
OS FECHAMENTOS DO DIA 13/03
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 89,06 apresentando alta de R$ 0,37 no dia, alta de R$ 2,42 na semana; maio/25 fechou a R$ 79,73, alta de R$ 0,28 no dia, baixa de R$ -2,36 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 72,29, alta de R$ 0,27 no dia e baixa de R$ -1,33 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
ARGENTINA-PRODUÇÃO MENOR (altista)
Entre os fatores que contribuíram para a recuperação, destacou-se o ajuste feito ontem pelo BCR na estimativa de colheita na Argentina, de 46 para 44,5 milhões de toneladas, volume consideravelmente abaixo dos 50 milhões de toneladas projetados na terça-feira pelo USDA. “As chuvas prejudicaram o progresso da colheita em grande parte da região central, registrando um progresso semanal de apenas 1,4 pontos percentuais e um avanço geral de mais de 8,1% da área adequada — 5,1 pontos percentuais a mais que o progresso atual do ano passado — com um rendimento médio de 7880 kg por hectare.
Em relação aos plantios tardios, uma recuperação significativa foi observada tanto em Córdoba quanto em grande parte de Buenos Aires. No entanto, algumas áreas desta última província sofreram inundações, o que pode levar a perdas de área. Por outro lado, as chuvas continuam escassas na parte centro-norte de Santiago del Estero e na região agrícola do Chaco, afetando significativamente a produção nessas áreas”, afirmou a entidade.
EUA-SECA NAS REGIÕES PRODUTORAS (altista)
Além disso, o déficit de umidade atualmente existente em muitas das regiões produtoras de milho dos Estados Unidos, menos de um mês antes do início da temporada de plantio de 2025/2026, contribuiu para as melhorias.
ESCALADA TARIFÁRIA (baixista)
Incerteza persistente em torno das implicações da escalada tarifária que pode tornar global a partir de 2 de abril com a entrada em vigor, entre outras, das tarifas recíprocas impostas pela Casa Branca. Além da tarifa de 15% imposta pela China ao milho importado dos EUA, a Comissão Europeia anunciou ontem que uma tarifa de 25% sobre os grãos dos EUA entrará em vigor em 1º de abril, em resposta às taxas impostas ao aço e ao alumínio do bloco. Nesse cenário, os Estados Unidos deveriam “cuidar” de sua relação com o México, seu principal comprador de milho.
EUA-EXPORTAÇÕES NEUTRAS
O relatório semanal de exportação do USDA foi neutro para o mercado dos EUA, pois relatou vendas de milho para 2024/2025 em 967.300 toneladas hoje, um pouco acima das 909.100 toneladas relatadas no relatório anterior e dentro da faixa estimada por investidores privados, que era de 725.000 a 1.400.000 toneladas. “As vendas aumentaram 6% em relação à semana anterior, mas caíram 19% em relação à média das quatro semanas anteriores”, disse o USDA, que ponderou o México como principal comprador, com 431,6 mil toneladas.
BRASIL-CONAB ELEVA PRODUÇÃO DA SAFRA 2025 (baixista)
Em seu relatório mensal de hoje, a Conab elevou sua estimativa para a safra de milho do Brasil de 122,02 para 122,76 milhões de toneladas e manteve sua previsão de exportação em 34 milhões de toneladas, ante 126 e 44 milhões de toneladas estimadas pelo USDA na terça-feira. Vale acrescentar que a agência brasileira elevou a projeção para a primeira safra de 23,58 para 24,86 milhões de toneladas e ajustou o número de safrinha de 96,05 para 95,52 milhões.
Fonte: T&F Agroeconômica