Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 21/11/2024
FECHAMENTOS DO DIA 21/11
Milho: A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -0,81% ou $ -3,50 cents/bushel a $ 426,75. A cotação para março25, fechou em baixa de -0,85% ou $ -3,75 cents/bushel a $ 436,25.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em queda nesta quinta-feira. As cotações do milho seguiram a tendencia da soja e do trigo voltaram a recuar durante o dia. Com o fim da colheita nos EUA, o ritmo de vendas externas e da semeadura na América Latina são os principais fatores de pressão sobre os preços do cereal.
Quanto as vendas para exportação, o USDA informou um aumento de 13,65% no comparativo semanal, mas apesar de um volume robusto de 1.494.600 toneladas de milho vendidas, o montante ficou perto do mínimo esperado pelo mercado Já Brasil e Argentina, responsáveis pelo grande volume de grãos da América do Sul, estão com condições ambientais favoráveis ao plantio do milho, o que se sobrepôs a demanda americana nesta quinta.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Em mais um dia de queda, contratos da B3 desvalorizam até 0,84%; dólar sobe
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa na B3 nesta quinta-feira (21). Os pregões vêm se mantendo em baixa devido ao baixo ritmo de exportação, o que traz certo nível de conforto ao mercado interno, que já vem fechando as compras de final de ano, mirando em milho da primeira safra. Na contramão, o dólar apresentou alta, alcançando uma máxima de R$ 5,834 e fechando o dia cotado a R$ 5,811 (+0,75%).
OS FECHAMENTOS DO DIA 21/11
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em baixa no dia: o vencimento de novembro/24 foi de R$ 72,38 apresentando baixa de R$ 0,54 no dia, baixa de R$ 1,80 na semana; janeiro/25 fechou a R$ 73,35, baixa de R$ 0,48 no dia, baixa de R$ 1,26 na semana; o vencimento março/25 fechou a R$ 71,95, baixa de R$ 0,27 no dia e baixa de R$ 2,97 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
VALORIZAÇÃO DO DÓLAR (baixista na CBOT, altista no Brasil)
A persistente valorização do dólar frente ao real, que atualmente coloca a paridade em torno de 5,806 reais por dólar, constitui um fator de baixa, dada a sua influência na competitividade das exportações e nas decisões dos produtores brasileiros, o que no caso do milho poderá levar a um aumento nas vendas, mas também a um compromisso redobrado para a segunda safra.
EUA-RELATÓRIO DE EXPORTAÇÕES FOI NEUTRO (neutro)
O relatório semanal das exportações dos Estados Unidos foi neutro para o mercado, dado que o USDA reportou hoje vendas de milho 2024/2025 de 1.494.600 toneladas, acima das 1.315.100 toneladas do relatório anterior e dentro do intervalo estimado pelos privados, entre 1 e 2,20. milhões de toneladas. O México foi o principal comprador, com 787,4 mil toneladas.
CONTINUA A TENSÃO NO MAR NEGRO (altista)
O limite das perdas foi imposto pelas crescentes tensões de guerra na região do Mar Negro, que podem colocar em risco os embarques de milho do quarto maior fornecedor mundial.
EUA-MENOS ÁREAS SOB SECA (baixista)
Depois de atualizar o mapa que monitoriza a seca nos Estados Unidos, o USDA reduziu hoje a área destinada ao milho que sofre condições de seca de 64 para 59%, valor que ficou acima dos 42% em vigor há um ano.
Fonte: T&F Agroeconômica