Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 19/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 19/09
Chicago: A cotação de dezembro, fechou em baixa de 0,70% ou $ -3,00 cents/bushel, a $423,75. A cotação para março fechou em baixa de 0,67% ou $ -2,50 cents/bushel, a $ 441,50.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. As cotações do cereal seguem pressionadas pelo avanço da colheita. Naomi Blohm, consultora sênior de mercado da Total Farm Marketing, afirma que as tendências atuais de preços refletem a simples verdade de que não temos uma noção clara de onde a produtividade do milho irá até o final da colheita.
“Problemas de polinização no verão e a ferrugem asiática podem estar afetando a produtividade”, observa Blohm. Com isso, mesmo notícias positivas são facilmente ignoradas, como a venda extra de 110 ton no dia, pois as dúvidas estão se acumulando junto com o milho nos silos americanos
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou de forma mista com estimativas da Conab
Os principais contratos de milho encerraram de forma mista nesta quinta-feira. AS cotações do milho na B3 fecharam com leves altas e baixas, com Chicago pesando de um lado e dólar do outro. A CONAB fez a primeira estimativa da safra 25/26, com uma leve redução na produção, um aumento nos estoques iniciais e um aumento no saldo exportável da próxima safra.
OS FECHAMENTOS DO DIA 19/09
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam com variações mistas no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,27, apresentando alta de R$ 0,09 no dia e baixa de R$ 0,69 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 70,16, com baixa de R$ 0,02 no dia e baixa de R$ 0,77 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 73,13, com baixa de R$ 0,12 no dia e baixa de R$ 0,21 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-UM FATOR DE ALTA, OUTRO DE BAIXA (baixista)
O milho foi negociado em leve queda em Chicago após um relatório de exportação que deixou os traders com um gosto amargo na boca, enquanto a colheita está ganhando força nos Estados Unidos. O limite para a queda é definido pelo clima chuvoso que afeta áreas das Grandes Planícies e do cinturão ocidental de soja/milho, o que pode desacelerar o ritmo da colheita.
EUA-EXPORTAÇÕES DENTRO DO ESPERADO
O relatório semanal de hoje sobre as exportações dos EUA foi neutro para o mercado, com o USDA relatando vendas de milho de 1.231.600 toneladas para a safra 2025/2026, acima das 539.900 toneladas relatadas no relatório anterior e dentro da faixa estimada pelos traders, que era de 500.000 a 1.900.000 toneladas. Esse volume ficou abaixo da média semanal necessária para atingir a meta de exportação projetada pelo USDA para a safra atual, que deve ficar em torno de 1,453 bilhão de toneladas. O principal comprador foi o México, com 419.200 toneladas.
EUA-NOVA VENDA (altista)
Além disso, em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de 110.000 toneladas de milho dos EUA para o México para a safra 2025/2026.
BRASIL-MENOR PRODUÇÃO, MAS MAIORES EXPORTAÇÕES (baixista)
Em seu Panorama Agrícola 2025/2026, a Conab estimou hoje que a produção total de milho no Brasil foi de 138,28 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 139,70 milhões de toneladas previstos para a atual safra. Isso provavelmente se deve à queda na produtividade, que cairia de 6.390 para 6.110 quilos por hectare. A área destinada à produção, por outro lado, deverá aumentar, de 21,86 para 22,63 milhões de hectares. Segundo a Conab, o novo ciclo agrícola iniciariacom um estoque inicial de 12,75 milhões de toneladas (“Acompanhamento da safra brasileira de grãos, Vol.12, página 80”), ante 1,85 milhão de toneladas da safra anterior, alta de 589,2% sobre o ano anterior. Isso permitiria ao Brasil aumentar suas exportações de 40 para 46,50 milhões de toneladas. Em seu recente relatório mensal, o USDA projetou a safra e as exportações brasileiras de milho 2025/2026 em 131 e 43 milhões de toneladas, respectivamente.
IGC-REDUZ PRODUÇÃO GLOBAL DE MILHO (altista)
Em seu relatório mensal, o Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu hoje sua previsão para a safra global de milho de 2025/2026 de 1,299 para 1,297 milhão de toneladas, número também bem acima dos 1,237 milhão de toneladas da safra 2024/2025. O consumo aumentou de 1,285 para 1,286 milhão de toneladas, mas ainda ficou abaixo da oferta.
Fonte: T&F Agroeconômica