Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 26/11/2024
FECHAMENTOS DO DIA 26/11
Milho: A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,12% ou $ -4,75 cents/bushel a $ 420,00. A cotação para março25, fechou em baixa de -1,15% ou $ -5,00 cents/bushel a $ 428,00.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. As cotações do cereal cederam, pelo terceiro dia consecutivo, com o temor de uma guerra comercial com o México. Donald Trump afirmou que implementará tarifas comerciais em três países onde a balança comercial não é favorável aos EUA. Canadá, China e México. O último será o responsável pela maior fatia da exportação de milho americano na temporada 24/25. Com este temor e as boas condições ambientas no Brasil e Argentina para o plantio do milho a CBOT fechou em queda nesta terça.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Correção para preços da B3 continua, e vencimentos curtos ficam mais próximos ainda dos R$ 70,00
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa na B3 nesta terça-feira (26). Os preços seguem corrigindo, mediante um programa de exportação brasileiro que segue lento, com preços menos competitivos que grandes produtores do cereal, como Estados Unidos e Argentina. No mercado físico, segue a briga em torno dos mesmos R$ 70,00, onde na maioria das praças o que se vê são pedidas aumentando e indicações menores, entre R$ 1,00 a R$ 2,00 em relação ao dia de ontem.
OS FECHAMENTOS DO DIA 26/11
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em baixa no dia: o vencimento de janeiro/25 foi de R$ 70,31 apresentando baixa de R$ 1,00 no dia, baixa de R$ 2,74 na semana; março/25 fechou a R$ 71,07, baixa de R$ 1,23 no dia, baixa de R$ 3,10 na semana; o vencimento maio/25 fechou a R$ 70,20, baixa de R$ 1,37 no dia e baixa de R$ 2,41 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-DECLARAÇÕES DE TRUMP CONTRA O MÉXICO (baixista)
Declarações de Trump quanto à aplicação de tarifas, em especial, devido à relação comercial com o México, um mercado quase cativo para o milho americana, com exportações que deverão ficar em torno de 20 milhões de toneladas na atual temporada. Um confronto bilateral poderia colocar o governo mexicano em busca de fornecedores alternativos, opções que não viriam do Brasil ou da Argentina.
CHINA-PRIMEIROS MOVIMENTOS DE PROTEÇÃO (altista para o Brasil, baixista para CBOT)
Entre os acontecimentos que a guerra comercial do primeiro governo Trump deixou como consequências para o mercado agrícola mundial, podemos destacar as ações levadas a cabo pela China para tentar reduzir a sua dependência das cargas norte-americanas. O país fez isso primeiro com a soja e depois com o milho. Hoje o Brasil desbancou os EUA do primeiro lugar na lista de fornecedores de soja e milho naquele destino-chave.
CHUVAS NA AMERICA DO SUL (baixista)
Além disso, as boas condições na América do Sul continuam hoje a pressionar o mercado norte-americano, com novas chuvas nas áreas agrícolas da Argentina, onde se inicia o plantio tardio e com melhores perspectivas para a safrinha no Brasil após a normalização dos tempos de colheita da soja, sua cultura antecessora.
Fonte: T&F Agroeconômica