Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 06/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 06/08

Chicago: A cotação de setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em baixa de -0,39% ou $ -1,75 cents/bushel a $ 379,75. A cotação para dezembro, fechou em baixa de -0,19% ou $ -0,75 cents/bushel a $ 401,25.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. As cotações do cereal fecharam em leve queda. Dezembro está muito próximo de cair abaixo dos US$ 4 bushel. A produção de etanol recuou mais uma semana e os estoques do subproduto caíram 4% no período.

A demanda é o grande contrapeso da grande safra que os EUA irão colher. Segundo dados do Censo de julho de 2025 foram exportados 6,747 milhões de toneladas de milho, o segundo maior total para o mês já registrado. Para o etanol, foram 173,67 milhões de galões recorde para junho e 29,6% acima do ano anterior.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho fechou em baixa no primeiro dia das tarifas, assim como o dólar e Chicago

Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta quarta-feira. Os contratos do milho na B3 sentiram a pressão da queda do dólar e de Chicago, que voltou a renovar mínimas contratuais. No dia da entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelo governo Donald Trump as cotações do milho registraram queda, principalmente as negociadas em 2026.

As tarifas não afetam o milho diretamente, visto que somos grandes concorrentes, mas de forma indireta. O milho destinado a alimentação animal pode ter a demanda reduzida no mercado interno, pois a carne não entrou na lista de exceções. Outro fator é que a importação de etanol americano pode ser usada como moeda de troca nas negociações com o governo dos EUA, em um momento que a nossa indústria de etanol de milho está crescendo e rapidamente.

No momento, parte dos investidores estão analisando os riscos e os históricos de negociações com outros países, onde poucos dias depois de endurecer as tarifas, houve uma maior abertura para revogações ou ampliações de prazos para novas rodadas de reuniões bilaterais.

OS FECHAMENTOS DO DIA 06/08

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de setembro/25 foi de R$ 65,54, apresentando baixa de R$ -0,20 no dia e baixa de R$ -1,34 na semana; novembro/25 fechou a R$ 67,83, baixa de R$ -0,58 no dia e baixa de R$ -1,64 na semana; o vencimento janeiro/26 fechou a R$ 70,49, baixa de R$ -0,82 no dia e baixa de R$ -2,64 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-SAFRA RECORDE+FALTA DE COMPRADORES=COTAÇÕES EM QUEDA (baixista)

Os preços do milho continuaram sua tendência de queda em Chicago e atingiram novas mínimas para a maioria dos contratos ativos após a quarta sessão negativa consecutiva. O mercado foi influenciado pelas projeções de uma safra recorde nos Estados Unidos; tensões comerciais que estão reduzindo o interesse dos investidores; e pela entrada de novos grãos
de milho do Brasil no mercado, o que concentrará a atenção dos compradores pelo menos durante o trimestre de agosto a outubro.

EUA-EFEITO DA PROJEÇÃO DA STONEX (baixista)

A estimativa da StoneX continuou a influenciar o mercado hoje, projetando uma produtividade média de 11806 quilos por hectare para o milho americano e um volume de colheita de 414,62 milhões de toneladas. Esses números, de uma empresa com peso relativo nas projeções privadas, foram superiores aos 11361 quilos e 398,93 milhões de toneladas estimados pelo USDA em seu último relatório mensal. O USDA publicará seu novo relatório mensal na próxima terça-feira.

EUA-BOAS CHUVAS (baixista)

Isso foi ainda mais reforçado pelas boas chuvas agora previstas para o fim de semana em Iowa, o principal estado produtor de milho dos EUA.

EUA-ETANOL-PRODUÇÃO MENOR (baixista)

Em seu relatório semanal, a Administração de Informação de Energia dos EUA reduziu a produção diária de etanol hoje de 1.096.000 para 1.081.000 barris, em comparação com 1.067.000 barris no mesmo período em 2024. Também ajustou os estoques de biocombustíveis de 24.716.000 para 23.760.000 barris, quase no mesmo nível dos 23.767.000 barris mantidos há um ano.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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