FECHAMENTOS DO DIA 24/10

Milho: A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em alta de 0,60% ou $ 2,50 cents/bushel a $ 421,50. A cotação para março25, fechou em alta de 0,69% ou $ 3,00 cents/bushel a $ 435,00.

ANÁLISE DA ALTA

O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Apesar da pequena alta do dia (0,60%) o milho já acumulou ganhos de 4,14% desde segunda-feira. “O milho dá continuidade à sua recuperação, com a pressão da colheita diminuindo e os EUA ainda encontrando forte demanda externa”, disse Doug Bergman, da RCM Alternatives.

Pelo sétimo dia consecutivo exportadores informaram vendas extras ao USDA, que somadas forma de 392.600 toneladas. Essa forte demanda se refletiu no relatório semanal de vendas externas, que informou 4,184 milhões de toneladas vendidas entre as duas safras disponíveis, acima dos 4 MT esperadas pelo mercado e o quinto maior volume semanal em 20 anos.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho tem nova alta na B3 com atraso no plantio da soja no Brasil

Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em alta nesta quinta-feira (24). O milho na B3 subiu acompanhando a alta de Chicago (0,60%), a cotação do dólar passou a grande parte do pregão em alta, não interferido no valor do milho ao longo do dia.

A cotação do cereal ainda segue a alta do atraso no plantio da primeira safra de milho e de soja, o que pode reduzir a janela para a produção do milho safrinha no Brasil. A forte demanda interna e externa também tem dado suporte ao milho. No mercado internacional, as exportações de milho americana registraram o quinto maior volume semanal em 20 anos. No Brasil, a retração de exportação está sendo compensada pelo mercado interno, que já começou a pagar mais pelo grão disponível.

OS FECHAMENTOS DO DIA 24/10

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em preços em alta no dia: o vencimento de novembro/24 foi de R$ 72,20, apresentando alta de R$ 0,57 no dia, alta de R$ 3,23 na semana; janeiro/25 fechou a R$ 74,87, alta de R$ 0,85 no dia, alta de R$ 3,06 na semana; o vencimento março/25 fechou a R$ 75,47, alta de R$ 0,66, no dia e alta de R$ 2,25 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES SEMANAIS AMERICANAS CHEGAM A 3,6 MT (altista)

O relatório semanal de exportações foi muito positivo para o mercado norte-americano, onde o USDA revelou hoje vendas de milho 2024/2025 em 3.602.600 toneladas, acima das 2.225.700 toneladas Da semana anterior e do intervalo calculado pelos privados, que foi de 2,20. para 3,30 milhões de toneladas. “As vendas líquidas cresceram 62% face à semana anterior e consideravelmente face à média das quatro semanas anteriores”, destacou o USDA.

Por sua vez, Karen Braun, colunista de mercado agrícola da Thomson Reuters, observou que este foi “o quinto maior volume para qualquer semana do ano em mais de 20 anos”. Com 1.679,8 mil toneladas, o México foi o principal comprador, seguido por destinos desconhecidos, com 1.153,9 mil toneladas. Além disso, a organização reportou vendas 2025/2026 de 581,2 mil toneladas.

EUA-NOVAS VENDAS (altista)

E nos seus relatórios diários o USDA continuou a mostrar que o interesse da procura externa pelo milho norte-americano não estava esgotado. Com efeito, hoje confirmou uma nova venda para o Japão, de 227,6 mil toneladas, e outra para destinos desconhecidos, de 165 mil toneladas.

EUA-AUMENTA DE 62% PARA 76% A ÁRES SOB SECA

Embora sem grandes implicações no mercado devido ao estado avançado da atual colheita, após atualizar o mapa que monitoriza a seca nos Estados Unidos, o USDA elevou hoje a área destinada ao milho que está em situação de seca de 62 para 76%, um dado que ficou acima dos 49% vigentes há um ano.

ARGENTINA-PLANTIO ATINGE 28,9% COM BOAS CHUVAS

Em seu relatório semanal sobre as lavouras, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) indicou que o plantio de milho argentino avançou 4,6 pontos percentuais em relação ao relatório anterior, atingindo 28,9% dos 6,3 milhões de hectares estimados. “Os colaboradores indicam que em algumas áreas do centro e sul de Santa Fé foram observados nascimentos desiguais, embora os casos de replantio tenham sido poucos.

As recentes chuvas melhoraram consideravelmente as condições das culturas e facilitarão as tarefas de fertilização, ao mesmo tempo irão garantir que a última parte da janela de plantio antecipada seja realizada com boa umidade do solo. Deve-se notar que 90% da projeção de plantio antecipado já foi implementada na zona central, pelo que estas chuvas não teriam um impacto positivo no solo na área a ser plantada com o cereal No sul da zona agrícola, o progresso foi semelhante ao ritmo médio, embora seja necessária mais chuva para continuar com os trabalhos”, disse a entidade.

APROSOJA-MT Atraso no plantio de soja em Mato Grosso deve afetar produção de milho safrinha

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) informou que o atraso no plantio da safra de soja 2024/25 no Estado deve afetar a produção de milho safrinha no próximo ano. Dados do Instituto Mato -Grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam que apenas 25% da área de soja foi semeada até o momento, em comparação com 60% em igual período do ano anterior. Segundo o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, a janela ideal para o plantio do milho está comprometida.

Em um vídeo divulgado, ele comentou que a maior parte do milho será semeada fora do período de segurança, aumentando os riscos para a produtividade. Para Beber, esse atraso coloca a produção em uma situação de vulnerabilidade. Beber destacou que as condições climáticas em 2023, quando as temperaturas mais altas aceleraram o ciclo da soja, permitiram que o milho fosse plantado dentro da janela ideal.

Este ano, no entanto, o cenário é diferente, com previsão de um La Niña de baixa intensidade, o que deve prolongar o ciclo normal da soja, agravando o atraso no plantio do cereal. “A safra de soja no Brasil e a safra de milho já estão comprometidas”, afirmou Beber, citando um relatório climático que mostra que a maioria das regiões do País recebeu entre 30 e 90 milímetros de chuva nos últimos 30 dias, um volume inferior à média.

Outro fator de preocupação para a Aprosoja-MT é o custo elevado dos fertilizantes, especialmente os nitrogenados, cuja oferta global foi afetada pela guerra no Oriente Médio. Beber observou que o Brasil depende das importações de países como Irã e Israel para garantir o fornecimento de insumos essenciais ao plantio de milho.

Segundo ele, os preços altos e a incerteza no mercado internacional levaram muitos agricultores a postergar suas compras de fertilizantes, o que pode afetar as decisões de plantio e a viabilidade da safra. “Os custos estão altos, e o cenário internacional incerto tem levado os produtores a adiarem as compras de fertilizantes”, afirmou Beber, destacando que a relação de troca desfavorável entre o milho e os insumos têm feito com que os agricultores adotem uma postura cautelosa, o que pode interferir nas decisões de plantio. (Via BroadCast)

Fonte: T&F Agroeconômica



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