Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 08/12/2025
FECHAMENTOS DO DIA 08/12
Chicago: A cotação de dezembro, fechou em baixa de -0,46% ou $ -0,50 cents/bushel, a $434,75. A cotação para março fechou em baixa de -0,17% ou $ -0,75 cents/bushel, a $444,00.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações do cereal foram pressionadas pela queda da soja. O mercado também buscou ajustes antes da divulgação do relatório WASDE. A expectativa geral é de redução nos estoques finais do USDA, mas o final da colheita pode trazer surpresas. O relatório de vendas referente a primeira semana de novembro trouxe uma redução no ritmo das vendas, mas elas ainda são 28% superiores ao mesmo período do ano passado. Já os embarques, atualizados, foram acima do esperado pelo mercado, mantendo os totais acumulados para o ano comercial de 2025/26 substancialmente acima do período anterior.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho da B3 fechou com ganhos ainda refletindo o salto do dólar na sexta-feira
Os principais contratos de milho encerram de forma mista nesta segunda-feira. Com altas nas cotações mais curtas e praticamente estável nos demais meses, o milho da B3 ainda aproveitou o salto do dólar na sexta-feira para garantir uma melhora nos preços no começo da semana.
O mercado interno segue a constante alta conforme apontou o Cepea “Os preços do milho seguiram em alta no mercado interno na última semana, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximando dos R$ 70/saca de 60 kg, patamar nominal verificado pela última vez em maio/25. Segundo levantamento do Cepea, o impulso veio sobretudo do maior interesse de compradores somado à retração de vendedores.
Produtores estão focados na semeadura e atentos ao desenvolvimento da safra. Em algumas regiões, conforme o Centro de Pesquisas, agricultores estão preocupados com o clima quente e, em outras, com os impactos das chuvas de meados de novembro. Nesse contexto, agentes limitam os lotes disponibilizados no spot, à espera de novas valorizações. Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que compradores buscam recompor os estoques para o final do ano e início do próximo, mas esbarram nos maiores preços pedidos por vendedores. Alguns compradores seguem afastados do spot, à espera de queda nas cotações, fundamentados na aproximação da colheita da safra verão, que deve levar produtores a liberar armazéns e/ou fazer caixa, no maior excedente interno e nas exportações em ritmo abaixo do esperado.”
OS FECHAMENTOS DO DIA 08/12
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam com ganhos no dia: o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 74,50, com alta de R$ 0,27 no dia e alta de R$ 0,30 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 76,41, com alta de R$ 0,27 no dia e alta de R$ 0,44 na semana. O vencimento de maio/26 foi de R$ 75,66, apresentando alta de R$ 0,14 no dia e alta de R$ 0,48 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES NO INÍCO DE NOVEMBRO (baixista)
Embora o ritmo acelerado das exportações americanas seja um dos principais fatores de sustentação para o milho, o relatório semanal divulgado hoje pelo USDA, referente ao período de 31 de outubro a 6 de novembro, foi negativo para o mercado. O relatório indicou vendas de milho para a safra 2025/2026 em 979.500 toneladas, abaixo da faixa estimada pelos operadores, que era de 1 a 2 milhões de toneladas.
EUA-EMBARQUES RECENTES MAIS POSITIVOS (altista)
O relatório sobre inspeções de embarques para o período de 28 de novembro a 4 de dezembro foi mais positivo, com o USDA relatando embarques de milho de 1.452.822 toneladas. Esse número é inferior às 1.630.296 toneladas da semana anterior, mas ligeiramente acima da faixa de previsão do setor privado, de 1,20 a 1,45 milhão de toneladas.
EUA-ESTOQUES FINAIS MENORES (altista)
Em relação ao relatório mensal que o USDA divulgará amanhã, a média das estimativas privadas apontou para estoques finais de milho nos EUA em 53,95 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 54,71 milhões de toneladas projetadas pela agência em novembro.
BRASIL-PRODUÇÃO MENOR (altista)
No Brasil, a AgRural divulgou sua primeira estimativa para a produção total de milho na safra 2025/2026, em 135,30 milhões de toneladas, comparada ao recorde de 141,10 milhões de toneladas da safra anterior.
BRASIL-CONAB-PLANTIO DA PRIMEIRA SAFRA
O plantio da primeira safra de milho 25/26 avança em 71,3% da área pretendida, ante 65,9% da semana anterior e abaixo dos 72,2% do ano passado, ficando acima da média histórica de 69,1%. O Paraná plantou 100,0%, Santa Catarina 98,9% e o Rio Grande do Sul 87,0%. São Paulo atingiu 90,0%, Minas Gerais 85,2%, Bahia o plantio está em 71,0% e Goiás 70,0% da área pretendida, segundo a Conab. Piauí plantou 4,0%, e Maranhão plantou 4,0%.
Fonte: T&F Agroeconômica




