Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 14/10/2025
FECHAMENTOS DO DIA 14/10
O contrato de soja para novembro fechou em alta de 0,10% ou $ 1,00 cents/bushel, a $1.007,75. A cotação de janeiro encerrou em alta de 0,20% ou $ 2,00 cents/bushel, a $1.025,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de 0,34% ou $ -0,90/ton curta, a $ 266,5. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 1,30% ou $ 0,64/libra-peso, a $ 50,04.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta terça-feira. Uma onda de compras técnicas no final da sessão não foi suficiente para reverter as perdas do dia, embora as cotações da oleaginosa fecharam praticamente estáveis.
O relatório semanal de inspeção para exportação (um dos poucos que está sendo divulgado) foi positivo, registrando um amento semanal de 27% e próximo do limite máximo das expectativas do mercado. México, Espanha, Bangladesh, Itália e Holanda foram os cinco principais destinos. No entanto as exportações totais estão 26% abaixo do ano anterior na mesma data. O protutor e o exportador americano estão sentindo a ausência da China e a entrada em vigor de tarifas portuárias mútuas praticamente inviabiliza a negociação de grãos entres os dois países.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
INÍCIO DAS TAXAÇÕES MÚTUAS EUA-CHINA SOBRE NAVIOS (BAIXISTA)
A soja está sendo negociada em baixa no pregão diário de Chicago, no dia em que entraram em vigor as sobretaxas portuárias impostas em abril pela Casa Branca contra embarcações associadas à China — sejam elas próprias, operadas ou construídas — que atracam em portos americanos, juntamente com a medida equivalente imposta pelo governo chinês contra embarcações americanas que chegam a terminais chineses.
AGRAVAM O CONFLITO, AUMENTAM O CUSTO E O DESESPERO DOS AGRICULTORES AMERICANOS (baixista)
Essas medidas não apenas agravarão o confronto entre as duas potências, como também aumentarão o custo do comércio bilateral, que, da mesma forma, no caso da soja, permanece estagnado em zero toneladas, para o infortúnio dos agricultores. Tudo isso enquanto a ameaça de Trump de impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses importados a partir de 1º de novembro permanece em vigor, e enquanto se presume que o encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul ainda possa ocorrer no final deste mês.
EUA-COLHEITA CONTINUA (baixista)
Enquanto isso, a colheita de soja nos EUA continua em bom ritmo, graças ao clima seco que prevaleceu nas últimas semanas no Centro-Oeste, o que permitiu a cobertura de pouco mais de 60% da área elegível, fato para o qual dados oficiais não estarão disponíveis devido à atual paralisação do governo americano.
EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)
Em seu relatório semanal sobre inspeções de embarques nos Estados Unidos — um dos poucos relatórios oficiais publicados apesar da paralisação do governo —, desta vez referente ao período de 3 a 9 de outubro, o USDA relatou embarques de soja hoje totalizando 994.008 toneladas, acima das 783.495 toneladas da semana anterior e próximo da previsão máxima dos traders, que estimavam uma faixa viável entre 400.000 e 1.000.000 de toneladas.
BRASIL-PLANTIO ABAIXO DA MÉDIA (altista)
No Brasil, a Conab divulgou ontem o avanço do plantio de soja 2025/2026 em 11,1% da área projetada, ante 8,2% na semana anterior; 9,1% no mesmo período em 2024; e a média de 16,9% dos cinco anos anteriores. E hoje, a agência publicou seu primeiro relatório mensal com projeções oficiais para a nova temporada agrícola. Estima-se que a área, a colheita e as exportações de soja sejam de 49,07 milhões de hectares, 177,64 milhões de toneladas e 112,12 milhões de toneladas, todos acima dos 47,35 milhões de hectares, 171,48 milhões de toneladas e 106,66 milhões de toneladas do ciclo anterior, respectivamente. Vale ressaltar que, em seu relatório de setembro — o último disponível devido à paralisação do governo americano — o USDA previu a produção e as vendas de soja brasileira em 175 milhões de toneladas e 112 milhões de toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica
