FECHAMENTOS DO DIA 29/08
O contrato de soja para setembro24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 1,59%, ou $ 15,25 cents/bushel a $ 973,75; A cotação de novembro24, fechou em alta de 1,59% ou $ 15,50 cents/bushel a $ 992,50. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em baixa de -0,71 % ou $ -2,2 ton curta a $ 308,6 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em alta de 3,28 % ou $ 1,37/libra-peso a $ 43,17.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Como esperado, o relatório semanal de vendas para exportação do USDA apresentou um grande volume de soja vendida, superando a expectativa do mercado. O departamento americano indicou 2.615.800 milhões de toneladas de soja vendidas da safra 24/25. O valor ofuscou os cancelamentos de 143,6 mil toneladas da safra 23/24, natural para os últimos dias antes do encerramento do ano comercial. O saldo final da semana foi de 2.472.200 milhões de toneladas de soja vendidos.
Este atual boletim refletiu a boa sequência de vendas diárias na semana anterior, onde o principal comprador foi a China com 870 MT, seguido por destinos desconhecidos, que normalmente são associados a China, com 845,6 MT.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
- Soja CME em alta com disparada nos prêmios FOB/CFR da soja no Brasil, deslocando demanda para os EUA.
- Resistência imediata na média móvel de 20 dias ($990 c/bu). Em caso de rompimento, próximo alvo técnico seria média móvel de 50 dias, em $1039 c/bu.
- No lado fundamentalista, produtividade do USDA em setembro será próximo driver com piora no clima para setembro. Após USDA, foco total no clima no Brasil e nas condições para o plantio de soja 24/25.
- Nos EUA, clima quente e seco para os próximos 10 dias. Onda de calor em todo Meio-Oeste a partir dessa sexta com calor intermitente até o dia 06/09.
- Mercado precifica nova queda nas condições das lavouras entre 1-2%, limitando potencial produtivo no final de ciclo.
- No Brasil, clima seco e quente para todo o Centro-Oeste e Centro-Sul. 75% da área de soja no Brasil em condições adversas ao plantio.
- Em todo norte do Brasil, secas e queimadas continuam com modelos sem projeção de chuvas abrangentes.
- Mercado precifica soja em mínimas de 4 anos em virtude de estoques recordes de soja para safra nova, contando com que o Brasil colha 170 m/tons.
- Qualquer atraso significativo, sobretudo em ano de La Niña, que venha a reduzir potencial produtivo ou até mesmo acarrete abandono de área, será driver de recompra de posições vendidas pelos fundos, que estão em níveis recordes vendidos na soja.
- Do lado da demanda, China ativa nos EUA, mais 4 cargos negociados nessa madrugada, equivalente a 240 mil toneladas.
- No Brasil, prêmios renovam máximas, no spot prêmios para setembro @+165X. Para 25, negócios para embarque em março @+40 e para maio em +52 e +54 c/bu.
- Rápido encarecimento da soja brasileira destacando estoques baixos de soja no interior em meio à maior demanda interna para processamento.
- Disparada do oilshare fortalecendo margens de esmagamento no Brasil e nos EUA.
- Margens de esmagamento positivas no Brasil entre $35-$40/tm para set/out e entre $15-20 para safra 25 (jfm).
- O aumento do esmagamento no Brasil aumenta a produção de farelo. Contudo, o preço do farelo brasileiro está ainda muito caro em relação ao argentino e ao americano. Isto tira parte do preço a ser pago pela soja.
- Nos EUA, board crush CME disparou mais de 3% nessa quarta, para máximas do ano @+152 c/bu, equivalente a uma margem de $55,85/tm.
- Argentina: Ontem, foi anunciado que os agricultores argentinos devem transferir até 5 milhões de hectares de milho para a soja devido à doença da cigarrinha que enfrentaram no ano passado. (Analista americano).
Fonte: T&F Agroeconômica
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