Por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 30/08
O contrato de soja para setembro24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,85%, ou $ 8,25 cents/bushel a $ 982,00; A cotação de novembro24, fechou em alta de 0,76% ou $ 7,50 cents/bushel a $ 1000,00. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em alta de 0,97% ou $ 3,0 ton curta a $ 311,6 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em baixa de -0,07% ou $ -0,03/libra-peso a $ 43,14.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou o dia e semana em alta, mas o mês em baixa. Agosto marcou a menor cotação da soja em quatro anos, com os preços dos contratos mais próximos na faixa dos US$ 9 bushel. Com isso, o mercado viu desencadear duas semanas com grandes volumes de compras no mercado físico e de exportação. O relatório desta quinta refletiu isso, com 2.615.800 milhões de toneladas vendidas e a confirmação de novas vendas nesta sexta. A China está mais ativa no mercado americano, o que tem animado os exportadores.
No entanto, a colheita deve ser recorde para a soja na safra americana de 24/25. Mesmo na reta final, o clima tem colaborado para a alta produtividade das lavouras. Com isso os preços devem permanecer pressionados até o fim dos trabalhos. Com isso a soja fecho o acumulado da semana em alta de 2,77% ou $ 27,00 para os contratos de novembro. No mensal a soja caiu -3,2% em setembro e -2,2% em novembro.
O farelo de soja ganhou 2,58% ou $7,80 ton curta na semana na cotação de dezembro. No acumulado mensal caiu -4,8% para setembro e -1,27% outubro. O farelo de soja subiu 4,37% ou $ 4,04 libra/peso na semana. No acumulado mensal caiu -0,28% para setembro e -0,37% para outubro.
Análise semanal da tendência de preços:
Fatores de alta
- a) reativação da procura externa por soja americana; nesta quinta-feira o USDA reportou vendas semanais para 2024/2025 superiores às previsões dos operadores, com 2.615.800 toneladas. O USDA confirmou nesta sexta-feira uma nova venda de soja norte-americana 2024/2025 para a China, por 132 mil toneladas, e outra, de farelo de soja para a Colômbia, por 100 mil toneladas;
- b) No Brasil, clima seco e quente para todo o Centro-Oeste e Centro-Sul. 75% da área de soja no Brasil em condições adversas ao plantio. Em todo norte do Brasil, secas e queimadas continuam com modelos sem projeção de chuvas abrangentes. Qualquer atraso significativo, sobretudo em ano de La Niña, que venha a reduzir potencial produtivo ou até mesmo acarrete abandono de área, será driver de recompra de posições vendidas pelos Fundos, que estão vendidos em níveis recordes na soja.
- c) Brasil-Estoques baixos de soja no interior em meio à maior demanda interna para processamento está provocando o rápido encarecimento da soja brasileira, como mostra a tabela abaixo:
Fatores de Baixa
- a) chuvas leves que caíram nesta sexta-feira no sul e leste do cinturão soja/milho, que apoiarão o fechamento do ciclo da safra, enquanto se iniciam os trabalhos de uma colheita que se prevê recorde histórico;
- b) desvalorização do real frente ao dólar, que caiu pelo 5º dia consecutivo, o que melhora a competitividade das exportações do Brasil e favorece os planos para o plantio 2024/2025, que terá início em setembro;
- c) Em sua revisão semanal, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) do Brasil reduziu sua estimativa de exportações da oleaginosa em agosto de 8,16 para 7,74 milhões de toneladas, contra 9,59 milhões de toneladas de julho e 7,61 milhões de agosto de 2023. Em relação ao farelo de soja, ajustou sua previsão de embarques em agosto de 2,39 para 2,03 milhões de toneladas, ante 2,01 milhões de julho e 1,93 milhão do mesmo mês do ano anterior;
- d) Argentina: nesta quinta-feira, foi anunciado que os agricultores argentinos devem transferir até 5 milhões de hectares de milho para a soja devido à doença da cigarrinha que enfrentaram no ano passado.
Fonte: T&F Agroeconômica
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