FECHAMENTOS DO DIA 11/10

O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,91%, ou $ -9,25 cents/bushel a $ 1005,50; A cotação de janeiro25, fechou em baixa de -1,02% ou $ -10,50 cents/bushel a $ 1021,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,32 % ou $ -1,0 ton curta a $ 315,1 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,98 % ou $ -0,43/libra-peso a $ 43,33.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em baixa. Com os dados do USDA com poucas oscilações, as boas condições para a volumosa colheita americana e as perspectivas de melhora climática no Brasil a soja caiu nesta sexta-feira. O relatório do USDA apresentou pequenos cortes na safra americana, sendo que o mercado esperava ajustes um pouco maiores. O USDA ainda manteve as estimativas para as safras brasileira e argentina, assim como o consumo de soja da China ficou estável em 109 milhões de toneladas. Se concretizado este volume é menor que o importado pelos chineses no ano comercial anterior.

Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -3,11% ou $32,25 cents/bushel. O farelo de soja perdeu -4,24 ou $-14,00 ton curta. O óleo de soja caiu -1,36% ou $-0,60 libra/peso no período.

Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA

a) No Brasil, a elevação do uso de biodiesel, de B10 para B12, neste ano, continua mantendo elevada a demanda e os preços do óleo de soja. E, nos meses em que o farelo de soja tem boa demanda para exportação ou mercado interno, os preços do grão também se beneficiam, mas, como isto não acontece regularmente, os preços médios do grão não acompanham a alta do óleo.

b) Brasil, menores exportações de grão e maiores de farelo: Em sua atualização semanal, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) do Brasil estimou as exportações de soja durante outubro em 4,12 milhões de toneladas, abaixo dos 5,16 milhões em setembro e 5,96 milhões em outubro de 2023. Em relação às vendas de farelo de soja no décimo mês do ano, elas foram projetadas em 2,28 milhões de toneladas, acima dos 1,62 milhão do mês anterior e dos 1,65 milhão do mesmo mês do ano passado. Esta redução da soja pode estar causada pelo baixo nível dos rios amazônicos, que prejudica os embarques pelo Arco Norte.

FATORES DE BAIXA

a) EUA-Clima bom, safra recorde: o rápido avanço da colheita norte-americana, com condições ambientais ótimas para o trabalho de campo que permaneceriam praticamente inalteradas pelo menos pelos próximos 7 dias, portanto há pouca ou nenhuma chance de ocorrer algum evento que complique o fechamento da uma safra recorde nos EUA.

b) Brasil-chegada das chuvas no Centro-Oeste: A chegada das chuvas no Centro e Centro-Oeste do Brasil contribuiu para a tendência de baixa, o que permitirá maior dinamismo para a semeadura 24/25 que vinha sendo atrasada pelas condições de seca que dominaram essas regiões do país nos últimos três meses.

c) USDA neutro: O relatório mensal do USDA teve pouco impacto no mercado, dado que boa parte dos seus números ficaram dentro das expectativas dos operadores. Com efeito, confirmou o recorde da colheita norte-americana, mas ajustou-a ligeiramente, de 124,81 para 124,70 milhões de toneladas, com um rendimento médio que caiu de 3578 para 3571 kg por hectare. O estoque final manteve-se em 14,97 milhões de toneladas.

d) América do Sul mantem oferta recorde: Os números sul-americanos 24/25 mantiveram-se inalterados, apesar de alguns especularem com a possibilidade de alguns cortes devido ao início do ciclo mais seco do que o esperado. Para o Brasil, apoiou 169 e 105 milhões de toneladas para colheita e exportação, respectivamente. Enquanto a produção argentina permaneceu em 51 milhões.

e) Importações chinesas menores: a previsão de compras chinesas foi mantida pelo USDA em 109 milhões de toneladas, abaixo dos 112 milhões que a própria organização estimou para o ciclo comercial anterior. Isto, num contexto de aumento da oferta, não é um bom sinal para o mercado.

Fonte: T&F Agroeconômica



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