FECHAMENTOS DO DIA 13/09
O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,45%, ou $ -4,50 cents/bushel a $ 1006,25; A cotação de janeiro25, fechou em baixa de -0,46% ou $ -4,75 cents/bushel a $ 1024,75. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de -0,16 % ou $ -0,5 ton curta a $ 318,4 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de -1,98% ou $ -0,80/libra-peso a $ 39,53.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou o dia em baixa e a semana em leve alta. O mercado optou pela tomada de lucros, após duas sessões em alta. Na segunda-feira o USDA deverá divulgar os primeiros dados sobre o começo da colheita nos EUA. O começo dos trabalhos e a grande safra esperada pressionaram as cotações.
Uma nova venda para a China nesta sexta-feira evitou maiores perdas. Neste sentido, grande parte da recuperação das cotações da oleaginosa estão ligadas as recentes compras de soja pela China e o clima seco no Brasil, o que está atrasando o começo do plantio no país.
Com isso a soja fechou o acumulado da semana em alta de 0,12% ou $ 1,25 cents/bushel. O Farelo caiu -0,75% ou $ -2,4 curta ton. O óleo de soja caiu -1,69% ou $ 0,68 libra/peso no período.
Análise semanal da tendência de preços
FATORES DE ALTA
a) do mau tempo nos EUA, que prejudica o avanço normal da colheita nas regiões do sudeste dos Estados Unidos, devido à tormenta tropical Francine;
b) mau tempo no Brasil: O Brasil em breve será o fator número 1 no mercado de soja. Se continuar o clima seco nas regiões produtoras, PODERIA ser um grande movimentador de mercado. Como todos sabem, o Brasil está tendo sua estação seca, mas, a mais seca já registrada, como mostra o cenário abaixo, das últimas 52 semanas;
c) demanda sustentada: Segundo dados da Administração Geral de Aduanas da China, agosto marcou um novo recorde para as importações chinesas de soja, com 12,14 milhões de toneladas de julho, um volume que superou em 23,25% os 9,85 milhões de toneladas de julho e 28,74% dos 9,43 milhões recebidos em igual mês de 2023. As maiores compras na China foram relacionadas à queda no valor da soja, que levaram a aproveitar a ocasião. Nos primeiros dois meses do ano, a China importou 70,48 milhões de toneladas de soja, um 2,80% a mais que em igual segmento de 2023;
d) as boas exportações semanais divulgadas pelo USDA: Foi positivo o relatório semanal do USDA sobre as exportações americanas na quinta-feira para o período de 30 de agosto a 5 de setembro, com vendas de soja 2024/2025 por 1.474.000 toneladas, abaixo de as 1.658.700 toneladas do relatório anterior, mas na parte alta do intervalo previsto pelos operadores, que foram de 900.000 a 1.600.000 toneladas. Com 962.600 toneladas, a China foi o principal comprador.
e) leves recortes feitos pelo USDA: Em um relatório mensal que chegou sem surpresas, com alguns dados que melhoraram levemente o panorama em relação aos preços da soja. Entre eles, o ajuste das existências finais de soja americana 2023/2024, de 9,39 a 9,26 milhões de toneladas; a redução, para menos, do volume da colheita, de 124,90 a 124,81 milhões de toneladas, e do estoque final 2024/2025, de 15,25 a 14,97 milhões de toneladas, contra os 15, 38 milhões estimados em promessa pelo mercado;
f) Brasil-após sua revisão semanal, a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (ANEC) do Brasil reduziu de 5,63 para 5,51 milhões de toneladas em sua previsão sobre as exportações de soja durante setembro, contra os 7,99 milhões de agosto e 5 ,55 milhões de meses iguais de 2023. No que diz respeito à colheita de soja, o total aumentou de 1,67 a 2,02 milhões para sua estimativa de despachos durante o mês atual, antes dos 1,99 milhões do mês anterior e dos 1,92 milhões de setembro do ano passado;
g) Nova venda à China: Em seu relatório diário, o USDA confirmou nesta sexta-feira uma nova venda de soja americana 2024/2025 para a China, de 100.000 toneladas.
h) Monitor de Seca: Depois da atualização do mapa que monitora a seca nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Mitigação da Seca da Universidade de Nebraska-Lincoln elevou de 11,72 para 22,40% a área com seca moderada no Meio-Oeste, um dado que se manteve abaixo de 48,04% de igual momento de 2023. Em função do novo mapa, o USDA aumentou hoje de 19 para 26% a área coberta com soja que experimentou algum nível de seca, ainda muito longe dos 48% de um ano atrás.
FATORES DE BAIXA
a) queda nos preços do óleo: Depois de cair na semana anterior em 5,67%, a posição dezembro do óleo de soja em Chicago perdeu outros 1,77%, variando entre 873,68 e 858,25 dólares por tonelada. Parte de responsabilidade da queda foi atribuída à queda nas cotações do óleo de palma na Malásia – é o segundo maior produtor e exportador, atrás da Indonésia –, onde as existências no final de agosto aumentaram em 7,34% em 1,88 milhões de toneladas, o nível mais alto em seis meses, segundo os dados da Junta de Óleo de Palma da Malásia. Sempre na comparação com o mês de julho, esse organismo indicou que a produção de óleo de palma bruto aumentou em 2,87%, para 1,89 milhão de toneladas, enquanto as exportações de óleo vegetal – são as mais importantes em volume dentro da oferta de todos os óleos vegetais – caiu 9,74%, para 1,53 milhões de toneladas;
b) Bom estado dos cultivos nos EUA e início da colheita: Na segunda-feira, o USDA relatou 65% da soja em estado bom/excelente, sem mudanças em relação à semana anterior, mas arriba 52% de igual momento de 2023 e 63% previstos em média pelo mercado. Agregou que estão formando vagens 97% dos cultivos e que estão perdendo folhas 25%.
Fonte: T&F Agroeconômica
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