Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 30/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 30/06
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,34%, ou $ -3,50 cents/bushel a $ 1024,25. A cotação de agosto, fechou em baixa de -0,34% ou $ -3,50 cents/bushel a $ 1029,75. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,07 % ou $ 0,2 ton curta a $ 271,3 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,11 % ou $ 0,06/libra-peso a $ 52,51.
ANÁLISE DO MIX
A soja negociada em Chicago fechou de forma mista nesta segunda-feira. As cotações subiram de forma constante durante a noite e nesta manhã, antes de caírem acentuadamente imediatamente após os relatórios de área plantada e estoques trimestrais do USDA, sem conseguir se recuperar, principalmente nas duas primeiras posições que fecharam com perdas. A área plantada não apresentou grandes alterações do que foi previsto pelo mercado, mas os estoques finais estão 3,9% acima do ano anterior. Sinal da fraca demanda que penalizou a soja em junho. Com isso a oleaginosa acabou fechando o acumulado do mês em baixa, junto com o farelo. O óleo de soja, no entanto, valorizou quase 12% no mês, não só pelo conflito no Oriente Médio, mas pelo mandato de uso do biodiesel no mercado interno americano, o que pode estimular e muito a produção do subproduto no país.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-BOA CHUVAS NO CINTURÃO DA SOJA (baixista)
A pressão de baixa foi reforçada pelas condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento da cultura no cinturão da soja/milho, com boas chuvas caindo hoje na região, e pela falta de interesse da China na nova safra de soja dos EUA.
EUA-ESTOQUES MAIORES (baixista)
Os novos relatórios divulgados hoje pelo USDA trouxeram poucas informações novas ao mercado. No entanto, em meio à ausência de novidades, o volume de estoques de soja em 1º de junho não foi positivo, pois foi registrado em 27,43 milhões de toneladas, acima da média de 26,67 milhões de toneladas prevista por investidores privados e 3,90% superior aos 26,40 milhões de toneladas previstos para o mesmo período em 2024. Em relação à área ocupada com soja nos Estados Unidos, a agência estimou-a em 33,74 milhões de hectares, praticamente estável em relação aos 33,79 milhões de hectares projetados em março, próxima aos 33,85 milhões da média dos operadores e abaixo dos 35,25 milhões de hectares do ciclo anterior.
ARGENTINA-AUMENTO DAS RETENCIONES (altista)
Do lado do suporte, houve o iminente aumento das tarifas de exportação para o complexo soja na Argentina, o que pode desacelerar o ritmo de vendas para os produtores e a revalorização do real frente ao dólar, que torna as exportações brasileiras menos competitivas.
EUA-NOVA VENDA DE FARELO DE SOJA (altista)
Outro ponto positivo foi a confirmação pelo USDA de uma nova venda de 204.000 toneladas de farelo de soja dos EUA para destinos desconhecidos para 2025/2026.
EUA-EXPORTAÇÕES DENTRO DO ESPERADO (altista)
Em seu relatório semanal sobre a inspeção de embarques dos EUA, referente ao período de 20 a 26 deste mês, o USDA informou hoje que os embarques de soja totalizaram 224.787 toneladas, acima das 201.853 toneladas registradas no relatório anterior e dentro da faixa prevista pelos exportadores privados, que era de 150.000 a 400.000 toneladas.
EUA-ESTÁGIO DAS LAVOURAS DE SOJA
O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que o plantio da soja está encerrado para a temporada 25/26. As plantas emergindo estão em 94%, ante 90% da semana anterior, 94% ano passado e 95% da média histórica As plantas em floração representam 17% da área semeada, ante 8% da semana passada, 18% do ano anterior e 16% da média histórica.
EUA-CONDIÇÕES DAS LAVOURAS DE SOJA
O USDA informou uma manutenção na qualidade das lavouras americanas. 66% das lavouras de soja estão em condições boas/excelentes condições, ante 66% da semana passada e 67% do ano anterior. 27% em condições regulares, ante 27% da semana anterior e 25% do ano passado. 7% classificados como pobres/muito pobres, ante 7% da semana passada e 8% do ano anterior.
Fonte: T&F Agroeconômica
