Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 04/11/2024
FECHAMENTOS DO DIA 07/11
O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 2,11%, ou $ 21,00 cents/bushel a $ 1015,50. A cotação de janeiro25, fechou em alta de 2,24% ou $ 22,50 cents/bushel a $ 1026,25. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 0,03 % ou $ 0,1 ton curta a $ 298,5 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em alta de 4,27 % ou $ 1,98/libra-peso a $ 48,32.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. A demanda ainda está impulsionando as cotações da oleaginosa, que retornou ao mesmo patamar da linha móvel de 25 dias. O robusto relatório de vendas, mesmo 10,39% menor comprado a semana anterior, melhorou em 10% a média comparada com as últimas 4 semanas. As 12.739.598,90 vendidas no atual ano comercial estão acima do mesmo período em 2023.
Isso tudo em um momento que a Anec estima as exportações brasileiras de novembro em 2,44 milhões de toneladas para novembro, uma queda de 47% em relação ao mesmo mês de 2023 e que a China está muito ativa no mercado. Neste sentido, a China, que havia estabilizado as compras nos últimos 3 anos, aumentou em 11,20% os estoques de soja em
2024. A aposta no momento é de uma grade busca pelo grão americano antes da posse do novo presidente eleito.
O foco do mercado está nas exportações de soja, já que a China é o maior comprador do grão norte-americano. “Mesmo sem uma guerra comercial, o mercado de soja já tinha uma perspectiva bastante baixista devido à oferta abundante”, disse em nota Doug Bergman, da RCM Alternatives. A atual demanda pode sustentar por mais algumas semanas a soja em uma estreita faixa dos $10 bushel.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
TRUMP NÃO FEZ A SOJA SUBIR, MAS SE TORNAR VOLÁTIL (baixista)
No dia seguinte à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, com os Fundos buscando cautela em relação aos passos que o Federal Reserve deveria tomar hoje, com um eventual novo corte nas taxas, mostra a soja com alto grau de volatilidade na rodada diária de Chicago.
A ALTA VEIO DO ÓLEO NA MALÁSIA (altista)
Com efeito, hoje o preço do óleo de soja volta a subir acentuadamente, apoiado desde a Malásia pelo óleo de palma, que voltou a fechar com um saldo favorável devido às boas perspectivas para os óleos vegetais se, por exemplo, a Indonésia mantiver a sua posição de avançar de forma aseada dos atuais 35% para um corte obrigatório de 50% com biodiesel à base de óleo de palma em 2028. Isso reduziria as exportações do principal fornecedor mundial desse produto.
TRUMP PROIBIRIA IMPORTAÇÕES DE BIODIESEL (baixista)
Além disso, como salientámos ontem, sob a Administração Trump não podemos descartar restrições ou um encerramento total das importações de biodiesel para favorecer o produto americano se as guerras tarifárias incluírem a China e a União Europeia.
EUA-BOAS EXPORTAÇÕES (POR ENQUANTO) (altista)
O dia da soja também tem como fato altista a firmeza que vem experimentando a demanda pelo grão norte-americano, possivelmente pela intenção dos compradores chineses de antecipar o que poderá vir a partir de janeiro após a posse do novo inquilino da Casa Branca.
CHINA IMPORTAÇÕES MAIORES (altista)
Em linha com esta análise, segundo o relatório mensal da Administração Geral das Alfândegas da China, o país importou 8,09 milhões de toneladas de soja durante o mês de outubro, 56,18% acima dos 5,18 milhões do mesmo mês de 2023. Nos primeiros 10 meses do ano, as importações chinesas totalizaram 89,94 milhões de toneladas, 11,20% a mais que no mesmo período anterior. Recorde-se que em 2023 a China adquiriu um total de 99,41 milhões de toneladas de soja e que o recorde de compras, segundo dados oficiais chineses, foi alcançado em 2020, com 100,31 milhões de toneladas.
PRÉ-WASDE-MERCADO ESPERA REDUÇÃO DA PRODUÇÃO (altista)
Também tem influência positiva a possibilidade de que amanhã, no seu relatório mensal, o USDA faça ligeiros ajustes nas suas previsões de colheita – continuará a ser um recorde – e os estoques finais nos EUA marcaram, neste sentido, a média das projeções privadas números de 124,02 e 14,48 milhões de toneladas para produção e estoques finais, ante 124,70 e 14,97 milhões no relatório oficial de outubro, respectivamente.
EUA-OS DADOS DE EXPORTAÇÃO DESTA SEMANA (altista)
O aumento da procura foi hoje mais uma vez referendada pelo USDA com um relatório semanal positivo sobre as exportações dos EUA, para o período de 25 a 31 de outubro. Com efeito, a organização reportou vendas de soja 2024/2025 de 2.037.200 toneladas, abaixo das 2.273.300 toneladas do relatório anterior, mas no topo do intervalo calculado pelos operadores, entre 1,70 e 2,20 milhões de toneladas. A China foi o principal comprador de grãos dos EUA com 1.222.700 toneladas, incluindo 499 mil inicialmente indicadas para destinos desconhecidos.
EUA-MENOS ÁREAS SOB SECA
Depois de atualizar o mapa que monitoriza a seca nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Mitigação da Seca da Universidade de Nebraska-Lincoln reduziu hoje a área com seca moderada no Centro-Oeste de 74,51 para 59,45%, um dado que superou os 34,80% do mesmo mês em 2023. Com base no novo mapa, o USDA ajustou a área normalmente destinada à soja que sofre algum nível de seca de 73 para 63%, bem acima dos 39% vigentes há um ano.
Fonte: T&F Agroeconômica
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