Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 04/11/2024
FECHAMENTOS DO DIA 04/11

O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,51%, ou $ 4,75 cents/bushel a $ 987,50. A cotação de janeiro25, fechou em alta de 0,35% ou $ 3,50 cents/bushel a $ 997,25. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 1,46 % ou $ 4,3 ton curta a $ 299,66 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -1,60 % ou $ -0,74/libra-peso a $ 45,56.

ANÁLISE DA ALTA

A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta segunda-feira. A sessão noturna da oleaginosa teve ganhos consideráveis, com o mercado especulando sobre as eleições americanas. A sessão diurna não conseguiu manter a forte alta, mas ainda sim fechou de forma positiva.

A demanda está mantendo a soja em uma faixa de preços, apesar da pressão da colheita que caminha para os últimos 10% de área não coletados. Exportadores privados informaram ao USDA vendas de 132 mil toneladas para um destino desconhecido. As inspeções para exportação, apesar de caírem -17,87% no comparativo semanal, ainda foram de robustas, com 2.158.646 toneladas embarcadas na semana de 25 a 31 de outubro.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
FUNDOS COMPRAM NAS ELEIÇÕES (altista)

As compras também foram registadas devido à cobertura dos investidores no período que antecede as eleições presidenciais que se realizam formalmente amanhã nos Estados Unidos, com Donald Trump e Kamala Harris como candidatos à ocupação da Casa Branca a partir de janeiro próximo.

EUA-NOVA VENDA (altista)

Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de soja norte-americana 2024/2025 para destinos desconhecidos, por 132 mil toneladas.

EUA-EXPORTAÇÕES VOLUMOSAS E DENTRO DO ESPERADO (altista)

E em seu relatório semanal de fiscalização de embarques para o período de 25 a 31 de outubro, o USDA informou hoje embarques de soja de 2.158.646 toneladas, abaixo do alto volume do relatório anterior, de 2.628.439 toneladas, mas dentro da faixa calculada pelas operadoras, entre 1,80 e 2,65 milhões de toneladas.

QUEDA DO ÓLEO DE SOJA (baixista)

Entre os fatores que limitaram os aumentos está o óleo, que após acumular altas próximas a 11% nas últimas duas semanas, encerrou o dia com queda de US$ 16,32 no contrato de dezembro – seu reajuste foi de US$ 1.004,41 por tonelada – devido à realização de lucros pelos investidores. Além disso, a dinamização do plantio no Brasil e as chuvas nas áreas agrícolas da Argentina também pressionaram o mercado da soja.

BRASIL-PLANTIO DE SOJA ATINGE 54% (baixista)

Com dados de quinta-feira, a AgRural informou hoje um avanço no plantio de soja no Brasil superior a 54% da área estimada, ante 36% na semana anterior e 51% na mesma época em 2023. “Com quase 17 milhões de hectares plantados em apenas duas semanas, o percentual plantado até o momento é o segundo maior para esta época do ano, atrás apenas dos 60% da campanha 2018/2019”, destacou o escritório.

Ele acrescentou que o Paraná, que liderava o avanço desde o início da temporada, cedeu a primeira colocação para o Mato Grosso na semana passada. “Mesmo assim, o estado do Sul já caminha para a reta final e apresenta a semeadura mais rápida da série histórica da AgRural, iniciada no ciclo 2005/2006. Embora alguns pontos do país continuem recebendo chuvas irregulares, em geral a semeadura está avançando bem, favorecido pela melhora da umidade, enquanto o estado das lavouras é bom em todo o Brasil”, concluiu o consultor.

MATO GROSSO ESTÁ ATRASADO (altista)

Vale lembrar que nesta sexta o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária informou o avanço do plantio de soja em Mato Grosso em 79,56% da área planejada, ainda atrás contra os 83,32% de mesmo período de 2023, mas já à frente da média dos últimos cinco anos, de 79,11%.

ARGENTINA-CHUVAS IMPORTANTES NAS ÚLTIMAS 24 HORAS

Sobre o panorama agrometeorológico na Argentina, com implicações tanto para o plantio de soja quanto para o milho, a Bolsa de Valores de Rosário (BCR) destacou que as chuvas registradas nas últimas 24 horas “trouxeram alívio para boa parte do norte de Buenos Aires, tendo como epicentro na cidade de Lincoln, que acumulou 70 mm, mas com outras áreas como General Pinto (52 mm), Chacabuco (53 mm) e Junín (47 mm) também sofreram chuvas significativas.

Apenas o extremo sul de Santa Fé e parte de. o sul de Córdoba recebeu valores mais modestos, como os 22 mm relatados em Rufino, com exceções como María Teresa, com 42 mm.” Cristian Russo, diretor de Estimativas Agrícolas do BCR, disse hoje que as chuvas favoreceram uma região que tinha ficado com totais abaixo de 100 mm em outubro, quando o restante da área núcleo estava acima de 150 mm e destacou que outubro fechou com média de 146 mm nas 36 estações da rede GEA/BCR.

“O que aconteceu atende parcialmente às expectativas anteriores, com chuvas que se cumpriram em Buenos Aires, mas que estavam longe de atingir o centro-norte de Santa Fé, área ainda afetada pela falta de água. ao povoado de Ceres, no centro-norte de Santa Fé, onde a situação continua muito difícil, mas mal avançaram no território santafesino”, indicou. Acrescentou que as chuvas praticamente não atingiram o sul de Córdoba e Santa Fé. “Vemos acumulações de 10 a 20 milímetros, muito restritas nessas áreas”, comentou. o BCR indicou que não são esperadas acumulações tão importantes como as ocorridas no norte de Buenos Aires.

EUA-SITUAÇÃO DA COLHEITA DE SOJA

O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que a colheita da oleaginosa está em 94%, ante 89% da semana anterior, acima dos 89% do ano passado e 85% da média histórica.

O USDA não informa mais as condições das lavoras, sendo que os últimos dados divulgados apontavam para 63% em boas ou excelentes condições, ante 51% do ano passado.

Fonte: T&F Agroeconômica



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