Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 11/09/2025
FECHAMENTOS DO DIA 11/09
O contrato de soja para novembro fechou em alta de 0,80% ou $ 8,25 cents/bushel, a $1.033,50. A cotação de janeiro encerrou em alta de 0,74% ou $ 7,75 cents/bushel, a $1.052,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,92% ou $ 2,60/ton curta, a $ 286,10. O contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 1,21% ou $ 0,61/libra-peso, a $ 51,08.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. As cotações da oleaginosa ganharam tração impulsionados pela expectativa de que, o USDA possa reduzir sua previsão para a colheita dos EUA devido à deterioração das lavouras causada pelo tempo seco. A última pesquisa da Bloomberg com analistas mostra a expectativa de que o USDA reduza ligeiramente suas estimativas de produtividade da soja no relatório WASDE de amanhã. A produção total deve cair em cerca de 800 mil toneladas, para 116 milhões de toneladas.
Essa perspectiva de uma oferta menor nos EUA, combinada com a notícia de que a Argentina reduzirá sua área de plantio, deu suporte aos preços.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)
A falta de demanda chinesa por soja nova dos EUA continua limitando o aumento. Nesse sentido, o relatório semanal sobre as exportações dos EUA contribuiu pouco para o suporte dos preços hoje, para o período de 29 de agosto a 4 de setembro. O USDA reportou vendas de soja 2025/2026 de 541.100 toneladas, abaixo das 818.500 toneladas do relatório anterior e próximo da previsão mínima de fornecedores privados, que estimaram uma faixa viável entre 400.000 e 1.600.000 toneladas. Assim como no mês anterior, destinos desconhecidos lideraram a lista de compradores, com 431,7 mil toneladas.
ARGENTINA-PRODUÇÃO MENOR (altista)
Em relação à Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) estimou ontem, em seu relatório mensal de estimativas agrícolas, uma queda de 1,35 milhão de hectares para o plantio de soja da safra 2025/2026, com 16,4 milhões de hectares previstos para serem plantados com a oleaginosa. “Com base em uma área média não colhida e um rendimento médio de 2.910 kg/hectare, a produção pode chegar a 47 milhões de toneladas, em comparação com 3000 kg/hectare e 49,50 milhões de toneladas na temporada anterior”, afirmou o órgão. Em agosto, o USDA estimou as safras de soja argentina de 2024/2025 e 2025/2026 em 50,90 e 48,50 milhões de toneladas, respectivamente.
BRASIL-PRODUÇÃO E ESTOQUES FINAIS MAIORES (baixista)
Em seu relatório mensal de hoje, a Conab surpreendeu ao revisar para cima a produção brasileira de soja para a safra 2023/2024, de 147,74 para 151,53 milhões de toneladas e a safra 2024/2025, de 169,66 para 171,47 milhões de toneladas. Com essas mudanças, o estoque final da atual temporada passou de 3,94 milhões de toneladas estimados em agosto para 10,29 milhões de toneladas, um aumento de 161,17%. Além disso, a agência elevou sua estimativa para as exportações brasileiras de soja para o ciclo atual de 106,25 para 106,66 milhões de toneladas e manteve as vendas de farelo e óleo de soja em 23,60 e 1,40 milhão de toneladas, respectivamente. Em agosto, o USDA estimou os volumes para as safras brasileiras de soja 2023/2024 e 2024/2025 em 154,50 e 169 milhões de toneladas, respectivamente. As exportações de soja, farelo e óleo foram projetadas em 102,1 milhões de toneladas, 23,5 milhões de toneladas e 1,43 milhão de toneladas, respectivamente.
Fonte: T&F Agroeconômica