FECHAMENTOS DO DIA 03/10

O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,95%, ou $ -10,00 cents/bushel a $ 1046,00; A cotação de janeiro25, fechou em baixa de -0,91% ou $ -9,75 cents/bushel a $ 1064,50. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de -2,52 % ou $ -8,6 ton curta a $ 332,8 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 2,14 % ou $ 0,97/libra-peso a $ 44,69.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. As cotações da oleaginosa seguiram a tendência dos demais grãos e fechou em queda com a realização de lucros por parte dos Fundos de Investimentos. O clima favorável para a colheita da soja nos EUA e a previsão de chuvas no centro-oeste brasileiro deram a justificativa para o movimento.

A greve nos portos americanos também poderá afetar os preços da soja caso persista. “A greve dos estivadores desta semana nos portos da Costa Leste e do Golfo não poderia vir em pior hora para os produtores de soja”, de acordo com o editor de política do Farm Progress, Joshua Baethge. “Os preços das safras caíram para níveis próximos à era da pandemia (apesar de uma alta nas últimas semanas), enquanto os custos permanecem altos.

As exportações chinesas caíram drasticamente. Os baixos níveis de água estão forçando os transportadores a transportar menos do que cargas completas ao longo do Rio Mississippi.” Analisou Baethge. O óleo de soja segue em forte alta, apoiado no preço do petróleo, visto o aumento do conflito no Oriente Médio.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-CLIMA CONTINUA FAVORÁVEL PARA COLHEITA (baixista)

O clima ideal que foi registrado até o momento nesta semana, que permitiu um avanço acelerado da colheita recorde em todas as áreas produtoras dos Estados Unidos. Além disso, o tempo seco continuaria por pelo menos mais sete dias. Mesmo as previsões ampliadas de 8 a 14 dias já indicam a possibilidade de chuvas abaixo dos registros normais sobre as regiões produtoras de grãos grossos.

BRASIL-RETORNO DAS CHUVAS (baixista)

O retorno das chuvas às áreas onde são muito necessárias para o plantio da soja 2024/2025 no Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil publicou um alerta de potencial perigo devido às chuvas intensas entre hoje e a manhã de sexta-feira no sul de Goiás, centro e oeste de Mato Grosso e Rondônia. Nestes locais poderão ser registradas precipitações de até 50 milímetros durante a vigência deste alerta.

O órgão indicou que também haveria chuvas leves no Paraná e no sul de São Paulo. No entanto, ele esclareceu que as chuvas no centro do Brasil ainda são bastante localizadas e só ganhariam impulso e maior cobertura a partir da próxima quarta-feira. Nessa linha, a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos estimou que entre os dias 11 e 19 de outubro as chuvas se tornarão mais intensas sobre as regiões produtoras de soja, com acúmulos que podem variar de 30 a 80 milímetros durante um período de oito dias.

EUA-EXPORTAÇÕES POSITIVAS (altista)

O relatório semanal das exportações dos Estados Unidos foi relativamente positivo para as expectativas do mercado, desta vez para o período de 20 a 26 de setembro, dado que o USDA informou hoje embarques de soja 2024/2025 de 1.443.500 toneladas, abaixo das 1.574.700 toneladas do relatório anterior, mas no topo da faixa calculada pelos operadores, que foi de 1 a 1,60 milhão de toneladas. A China foi o principal comprador, com 725,7 mil toneladas.

EUA-REDUÇÃO DAS ÁREAS DE SECA (baixista)

Depois de atualizar o mapa que monitoriza a seca nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Mitigação da Seca da Universidade de Nebraska-Lincoln reduziu hoje a área com seca moderada no Centro-Oeste de 31,51 para 28,15%, valor que ficou abaixo dos 55,96% registados no mesmo tempo em 2023. Com base no novo mapa, o USDA ajustou a área coberta com soja que sofre algum nível de seca de 30 para 26% e manteve-a abaixo dos atuais 58% há um ano.

BRASIL-EXPORTAÇÕES MENORES (altista para Chicago, baixista para o Brasil)

Após sua revisão semanal, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) do Brasil reduziu sua previsão de exportações de soja durante setembro de 5,82 para 5,54 milhões de toneladas, contra 7,97 milhões em agosto e 5,55 milhões no mesmo mês de 2023. Em relação ao farelo de soja, a entidade ajustou a estimativa de embarques do mês em curso de 1,97 para 1,80 milhões, ante os 2,10 milhões do mês anterior e os 1,92 milhões de setembro do ano passado.

Fonte: T&F Agroeconômica



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