FECHAMENTOS DO DIA 30/09
O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,82%, ou $ -8,25 cents/bushel a $ 1057,00; A cotação de janeiro25, fechou em baixa de -0,72% ou $ -7,75 cents/bushel a $ 1075,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em alta de 0,17 % ou $ 0,6 ton curta a $ 344,3 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em alta de 3,15% ou $ 1,33/libra-peso a $ 43,51.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações oscilaram muito durante o dia, mas apesar de algumas notícias neutras ou positivas, o mercado optou por realizar parte dos lucros da semana anterior. Além da expressiva alta de sexta-feira, a soja acumulou altas acima de 5% na semana.
O relatório trimestral dos estoques foi neutro, com os dados do USDA muito próximos do esperado pelo mercado. Os embarques para exportação subiram 35,5%, mas ficaram no meio da expectativa dos operadores. Apesar de uma venda extra para a China de 116 mil toneladas de soja, haverá um longo feriado no país comprador, o que deve desaquecer o comercio internacional.
Todos esses fatores neutros não seguraram a pressão dos Fundos por parte dos lucros da semana anterior.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL-CHUVAS NO CENTRO-OESTE (baixista)
Durante o fim de semana houve algumas chuvas no centro do Brasil, que incluiu áreas de Goiás e Mato Grosso. Porém, para a nova semana as previsões de chuva estão concentradas no Sul do país. Hoje a consultoria AgRural indicou que até quinta-feira o plantio brasileiro de soja avançou mais de 2% da área planejada, contra 0,9% na semana anterior e 5,2% no mesmo período de 2023.
BRASIL-CHUVAS NO SUL DO PAÍS (baixista)
“O trabalho continua sendo liderado pelo Paraná, onde a umidade está melhor após as chuvas registradas na segunda quinzena de setembro. As chuvas também favorecem o início da semeadura em Santa Catarina, o andamento da semeadura está muito lento devido à falta de chuvas e ao calor, que no final da semana passada, ainda persistia nos mapas de previsão para a mudança de setembro para outubro. Em Mato Grosso, a semeadura permaneceu limitada às áreas com irrigação artificial e para secar terrenos favorecidos por chuvas fracas e dispersas”, explicou o consultor.
CHINA-SEMANA DE FERIADOS (baixista)
Amanhã, com a celebração do Dia Nacional da China, aquele país inicia um ciclo de férias de uma semana, o que provavelmente manterá os compradores fora do jogo até terça-feira da próxima semana. Por exemplo, nos seus relatórios diários, hoje o USDA confirmou uma nova venda de soja norte-americana 2024/2025 à China, por 116.000 toneladas.
EUA-RELATÓRIO TRIMESTRAL DE ESTOQUES (neutro)
O relatório trimestral do USDA sobre os estoques de soja dos EUA a 1 de setembro implicou um apoio muito parcial ao mercado, dado que os 9,31 milhões de toneladas pesquisados ficaram ligeiramente abaixo dos 9,55 milhões anteriormente calculados pelos operadores. Esse volume também foi superior aos 7,19 milhões de um ano atrás.
EUA-EMBARQUES MAIORES (altista)
Em seu relatório semanal de fiscalização dos embarques norte-americanos, desta vez para o período de 20 a 26 de setembro, o USDA informou embarques de soja de 675.749 toneladas, acima das 498.586 toneladas do relatório anterior e dentro da faixa calculada pelo privado, entre 350 mil e 1.000.000 toneladas.
EUA-SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE SOJA
O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que a soja desfolhando está em 81%, ante 65% da semana anterior, ante 82% no ano passado e acima dos 73% na média histórica. Quantos as condições das lavouras dos 18 estados listados houve uma manutenção no quadro geral. A soja manteve em 11% as condições pobres ou muito pobres, como na semana anterior, 17% do mesmo período do ano passado.
Manteve em 25% em condições razoáveis, como na semana passada e 31% do ano anterior. Já a soja em boas ou excelentes condições está em 64%, como na semana passada e acima dos 51% do ano passado.
A colheita da oleaginosa está em 26%, ante 13% da semana anterior, acima dos 20% do ano passado e 18% da média histórica.
Fonte: T&F Agroeconômica