FECHAMENTOS DO DIA 28/10
O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,39%, ou $ -13,75 cents/bushel a $ 974,00; A cotação de janeiro25, fechou em baixa de -1,15% ou $ -11,50 cents/bushel a $ 986,00. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,33% ou $ -1,0 ton curta a $ 304,8 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -3,31 % ou $ -1,46/libra-peso a $ 42,69.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações da oleaginosa foram pressionadas pelo ritmo da colheita nos EUA e a recuperação do plantio no Brasil. O mercado trabalhou o dia com a possibilidade do USDA indicar que a colheita entrará nos últimos 10% de área semeadas nos EUA. O país está apresentando um ritmo de colheita em média de até 12 pontos percentuais acima do ano anterior. A grande safra disponível está tendo bons números de exportação, com a ressalva que tudo pode mudar com o resultado da eleição presidencial do país na semana que vem.
Com isso o mercado está buscando ajustar posições. Nesta segunda-feira, algumas empresas brasileiras apontaram uma grande recuperação no ritmo de plantio no Brasil, que mesmo atrasado em relação ao ano anterior, pode mitigar possíveis reduções na safra de soja e de área disponível para o milho safrinha. Caso os dados de plantio da Conab nesta terça-feira colaborarem com esse ponto de vista, será difícil sustentar novas altas em meio a semeadura brasileira e a grande disponibilidade de grão recém-saída dos campos americanos.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
O FATOR TRUMP CADA VEZ MAIS FORTE (baixista)
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, que serão realizadas na terça-feira da próxima semana. Sem uma tendência clara nas sondagens entre Donald Trump e Kamala Harris, um eventual regresso do magnata à Casa Branca é uma hipótese certa, assim como uma repetição da guerra comercial com a China, com todas as implicações negativas que isso causaria para comércio agrícola americano.
PETRÓLEO, COLHEITAS NOS EUA E PLANTIO NA AMÉRICA DO SUL (Baixista)
A continuidade da colheita norte-americana, agora próxima do encerramento, também teve influência baixista (as empresas privadas esperam que hoje o USDA marque o seu avanço em 91% da área apta); a queda do petróleo, com suas implicações para a indústria de biocombustíveis (depois de subir 5,57% na semana passada, a posição de dezembro do óleo de soja caiu 3,31% hoje, passando de 973,33 para 941,14 dólares), e as melhores condições climáticas para o plantio na América do Sul depois das recentes chuvas, que continuam acelerando os trabalhos no Brasil.
BRASIL-CHUVAS FREQUENTES (baixista)
Em relação ao clima no Brasil, a consultoria Safras & Mercado indicou que segundo o alerta agroclimático da Rural Clima “os próximos 15 dias deverão ser marcados por chuvas frequentes em todo o país”. Nos últimos cinco dias, as chuvas favoreceram regiões do Centro-Sul, Tocantins e Bahia. “Para hoje está prevista chuva na região centro do país, bem como ao longo da semana, com cobertura sobre áreas do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso”, destaca o relatório. Ele acrescentou que entre o final de outubro e a primeira semana de novembro “a tendência é que o volume de chuvas ganhe força em todo o país. Uma nova frente fria avançará pelo Rio Grande do Sul no início da próxima semana e causará chuva, trazendo instabilidade para grande parte do país.
BRASIL-PLANTIO DE SOJA AVANÇOU PARA 36% DA ÁREA (baixista)
Com dados da última quinta-feira, a consultoria AgRural informou hoje o avanço do plantio brasileiro de soja em 36% da área estimada, ante 18% na semana anterior e 40% na mesma época em 2023. Isso coincide com o publicado na sexta-feira pela Pátria Agronegócios, que revelou o andamento das obras em 35,9% da área planejada, contra 17,83% da semana anterior, 39,1% na mesma época do ano passado e 44,48% da média dos últimos cinco anos.
EUA-EXPORTAÇÕES DENTRO DO ESPERADO (altista)
Sobre os embarques norte-americanos, para o período de 18 a 24 de outubro, o USDA informou hoje embarques de soja de 2.393.628 toneladas, abaixo das 2.548.585 toneladas
do relatório anterior, mas dentro da faixa estimada pelo mercado, entre 2 e 2,55 milhões de toneladas.
EUA-SITUAÇÃO DA COLHEITA DE SOJA
O USDA informou no final da tarde dessa segunda-feira que a colheita da oleaginosa está em 89%, ante 81% da semana anterior, acima dos 82% do ano passado e 78% da média histórica. O USDA não informa mais as condições das lavoras, sendo que os últimos dados divulgados apontavam para 63% em boas ou excelentes condições, ante 51% do ano passado.
Fonte: T&F Agroeconômica
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