Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 12/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 12/06

O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,79%, ou $ -8,25 cents/bushel a $ 1042,25. A cotação de agosto, fechou em baixa de -0,43% ou $ -4,50 cents/bushel a $ 1041,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,10 % ou $ 0,3 ton curta a $ 294,5 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -0,85 % ou $ -0,41/libra-peso a $ 47,61.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. O relatório do USDA não trouxe grandes alterações para a oleaginosa nos EUA, mas aumentou a oferta mundial. Com isso o mercado olhou para os fracos dados de vendas para exportação dos EUA desta quinta-feira. A média geral ficou abaixo da expectativa do mercado. Com isso se evidencia que a soja está tomando fortes golpes da guerra tarifária que a administração Trump iniciou.

É certo que o mercado comprador foca na América do Sul neste momento, mas os cancelamentos de compras nos EUA e a elevação de oferta no Brasil e Argentina preocupam o mercado. Neste sentido a Conab elevou em 1,28 milhão a safra brasileira e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires elevou em 300 mil toneladas a safra argentina.

O óleo de soja caiu com decepções sobre papel do biocombustível na lei “Big and Beautiful”, mas o ataque de Israel ao Irã na noite desta quinta-feira fez o preço do barril de petróleo disparar, puxando os mercados noturnos do subproduto e da soja em um primeiro momento.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)

Sem a presença chinesa entre os compradores, o relatório semanal de exportação foi negativo para o mercado americano hoje, para o período de 30 de maio a 5 de junho. O USDA reportou vendas de soja 2024/2025 de apenas 61.400 toneladas, abaixo das 194.300 toneladas reportadas no relatório anterior e da faixa prevista por investidores privados, que era de 100.000 a 500.000 toneladas. “As vendas caíram 68% em relação à semana anterior e 74% em relação à média das últimas quatro semanas”, informou a agência, confirmando cancelamentos de 271,9 mil toneladas. Em relação ao ciclo comercial 2025/2026, o USDA reportou vendas de 58,1 mil toneladas, dentro das expectativas dos traders.

BRASIL-CONAB ELEVOU PRODUÇÃO DE SOJA (baixista)

No Brasil, a Conab elevou hoje sua estimativa para a safra de soja 2024/2025 de 168,34 para 169,61 milhões de toneladas e elevou sua projeção para as exportações do grão in natura de 105,96 para 106,24 milhões de toneladas. Manteve suas estimativas para as vendas de farelo e óleo em 26,60 e 1,40 milhão de toneladas, respectivamente.

ARGENTINA-BOLSA ELEVA PRODUÇÃO (baixista)

Enquanto isso, na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) aumentou hoje sua estimativa para a produção de soja 2024/2025 de 50 para 50,30 milhões de toneladas, devido à boa produtividade alcançada em uma colheita que atingiu 93,2% da área apta. “A produtividade média nacional é de 3010 quilos por hectare. A colheita da soja da primeira safra está mais de 96% concluída, com uma produtividade média de 31,7 quintais, principalmente nas regiões Nordeste e Centro de Buenos Aires. Além disso, 85,5% da soja da segunda safra foi colhida. As chuvas durante o período crítico foram favoráveis a essas culturas, permitindo produtividades superiores às inicialmente estimadas, especialmente em ambas as regiões: Oeste de Buenos Aires e Centro-Oriental de Entre Ríos. Essa tendência positiva se manteve nas últimas semanas e levou a um aumento na estimativa de produção”, informou a Bolsa.

EUA-MANDATOS DE BIOCOMBUSTÍVEIS DEVERÃO FICAR AQUÉM DAS EXPECTATIVAS (baixista)

Com implicações para os biocombustíveis, a Casa Branca concluiu hoje sua análise da proposta da Agência de Proteção Ambiental (EPA) sobre os mandatos de corte nos Estados Unidos e devolveu a regra à agência para novas medidas, de acordo com o site do Escritório de Administração e Orçamento. Os detalhes desses mandatos de corte ainda são desconhecidos, embora se especule que eles ficarão aquém das expectativas das operadoras, que giram em torno de 5,2 bilhões de galões para biodiesel. Por outro lado, é possível que amanhã o Senado dos EUA aprove o projeto de lei “Big and Beautiful”, que inclui a extensão dos créditos fiscais 45Z para combustíveis de baixo carbono, incluindo o biodiesel. Ainda não está claro se a eventual aprovação incluirá emendas ou se validará a versão da Câmara dos Representantes, que estende esses créditos até 2027, em vez de 2031, como a indústria do biodiesel esperava.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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