Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 06/08/2025
FECHAMENTOS DO DIA 06/08

O contrato de soja para setembro, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,62%, ou $ -6,00 cents/bushel a $ 965,25. A cotação de novembro fechou em baixa de -0,66% ou $ -6,50 cents/bushel a $ 984,25. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em baixa de -1,59% ou $ -4,40/ton curta a $ 272,60 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em baixa de -0,09% ou $ -0,05/libra-peso a $ 53,72.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. Em um dia de poucas notícias fundamentais, as cotações da oleaginosa voltaram a ceder na CBOT. A preocupação com a ausência da China das listas de compradores da soja americana para a nova temporada é o grande assunto na mesa dos analistas. Isso em um ano de provável safra recorde no país. É certo que Brasil e Argentina não devem conseguir suprir a demanda chinesa de forma integral, visto a necessidade dos mercados internos e de outros destinos. A soja brasileira já está cara para uma parte dos compradores internacionais em relação aos EUA, mas a China irá ou reduzir ou segurar o máximo qualquer compra em território americano antes de um bom acordo comercial.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EFEITO DA PROJEÇÃO DA STONEX (baixista)

A projeção publicada pela consultoria StoneX continuou a favorecer a baixa, estimando a produtividade média da soja americana em 3.605 quilos por hectare e o volume de produção em 120,43 milhões de toneladas. Ambos os números foram superiores à estimativa do USDA no mês passado, de 3.531 quilos e 117,98 milhões de toneladas.

TARIFAS PARA O BRASIL E A ÍNDIA (baixista)

Em relação à crise tarifária global desencadeada pela Casa Branca, a tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil entrou em vigor hoje, enquanto a ordem executiva assinada por Trump foi formalizada para impor uma tarifa adicional de 25% sobre as importações da Índia a partir do dia 27 deste mês — além da tarifa recíproca de 25% —, já que este país é um grande comprador de petróleo russo (o Brasil, Turquia, China também são, enquanto Europa compra grandes volumes de gás natural russo).

INDIA SE REAPROXIMA DA CHINA (baixista para CBOT)

Enquanto isso, o Brasil continua focando sua atenção na demanda chinesa por soja, continuando a operar através de portos brasileiros para garantir o fornecimento estável da oleaginosa nos próximos meses. E o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou que visitará a China pela primeira vez em mais de sete anos no dia 31 deste mês. A Reuters noticiou hoje que “os gigantes vizinhos asiáticos estão gradualmente reduzindo as tensões que dificultavam as relações comerciais” entre os dois países-membros do bloco BRICS. Assim, o governo dos Estados Unidos está conseguindo reafirmar o provérbio árabe de que “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”.

BRASIL-AUMENTO DOS PRÊMIOS (baixista para CBOT, altista para o Brasil)

Em relação às vendas de soja
brasileira mencionadas, os prêmios para a oleaginosa brasileira contribuíram para a alta dos preços. “Por esse motivo, mas principalmente com a disponibilidade de soja, novas ofertas estão sendo registradas, o que levou à venda de quase um milhão de toneladas do grão 2024/2025 até o momento nesta semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



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