FECHAMENTOS DO DIA 06/09

O contrato de soja para setembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,88%, ou $ -19,00 cents/bushel a $ 989,25; A cotação de novembro24, fechou em baixa de -1,81 % ou $ -18,50 cents/bushel a $ 1005,00. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em baixa de -0,50 % ou $ -1,6 ton curta a $ 320,8 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em baixa de -3,55% ou $ -1,48/libra-peso a $ 40,21.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou o dia em baixa, mas o acumulado da semana em alta. O mercado realizou lucros após cinco rodadas em alta, o movimento de queda já havia sido adiado no dia anterior, com uma robusta venda extra para a China. No entanto as cotações não resistiram ao apetite dos Fundos, após acumular lucro de 4,76% no período.

O relatório de vendas, apesar de robusto e na faixa superior do esperado pelo mercado, veio abaixo da semana anterior e foi a desculpa para a tomada geral de lucros. No entanto, a oleaginosa conseguiu a sua terceira semana acumulada com saldo positivo.

Com isso a soja fechou o acumulado da semana em alta de 0,50% ou $ 5,00 cents/bushel. O Farelo subiu 3,45% ou $ 10,7 curta ton. O óleo de soja caiu -2,32% ou $ -5,45 libra/peso no período.

Confira os principais destaques do boletim:
FATORES DE ALTA

a) Exportações positivas nos EUA: o relatório semanal sobre as exportações americanas, no período de 23 a 29 de agosto, teve um resultado positivo para o mercado. Na verdade, o USDA relevou nesta sexta-feira vendas de soja 2024/2025 para 1.658.700 toneladas, abaixo das 2.615.800 toneladas do relatório anterior, mas dentro da faixa calculada pelos operadores, de entre 800.000 a 2.000.000 toneladas. Com 1.002.400 toneladas, a China foi o principal comprador.

b) falta real de umidade nas amplas zonas agrícolas do Brasil, segundo a estimativa divulgada pela Reuters entre consultorias privadas, a produção de soja 2024/2025 alcançaria um recorde de 168 milhões de toneladas e superaria em 14% os 147,38 milhões calculados pela Conab para o ciclo 2023/2024. A superfície estimada aumentou em 1,3%, até 46,6 milhões de hectares. Se este dado também fosse recorde, implicaria um crescimento mais moderado para a área com soja desde a safra de 2006/2007. Os estimadores apontaram para um incremento na produtividade dos cultivos pela chance de boas chuvas desde outubro, depois de um setembro que deixaria registros inferiores aos normais. Vale registrar que o USDA previu a produção de soja brasileira em 169 milhões de toneladas;

c) No Brasil, disputa entre indústrias esmagadoras e exportadores pelo que resta da safra passada está elevando as cotações neste segundo semestre de 2024, que subiram 1,71% no mês.

FATORES DE BAIXA

a) tomada de lucros dos investidores após cinco rodadas altistas consecutivas; o avanço dos trabalhos de colheita em zonas pontuais e as chuvas que se registraram no extremo este do cinturão de soja e milho, com os maiores acumulados sobre Ohio, que são o Estado mais necessitado de umidade. Essas precipitações podem melhorar a situação dos cultivos mais tardiamente;

b) os grandes estoques de farelo. A grande demanda por óleo de soja faz o esmagamento produzir mais farelo do que consegue vender. Como já mostramos muitas vezes neste espaço, os estoques de farelo registrados nos quadros de Oferta e Demanda da Conab, mensalmente, são, pelo menos, três vezes maiores do que nas temporadas anteriores (4,064 milhões de toneladas contra 1,871 milhão de toneladas da safra passada), fazendo com que as indústrias tenham que descontar estes estoques nos preços a serem pagos pela soja. Com isto, os preços do óleo de soja já aumentaram 26,28% neste ano, enquanto os preços do farelo recuaram 13,60% no mesmo período, enquanto os preços do grão recuaram 23,52% no ano.

Fonte: T&F Agroeconômica



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