Futuros de soja fecharam nesta quinta-feira em queda de 8,5 centavos na maioria dos contratos. O contrato de agosto fechou a $ 882,5, com máxima de $ 896,0 e com mínima de $ 881,0. O farelo de soja de agosto recuou US$cent 2,4/tonelada para $ 303,9. Já o óleo de soja fechou em queda de 3 pontos, com o contrato de agosto a $ 28,27.
Cancelamentos superaram as vendas de soja americana da safra 2018/19 de exportadores dos Estados Unidos em 78,2 mil toneladas na semana encerrada em 18 de julho, informou o Departamento de Agricultura do país (USDA). O volume representa queda expressiva ante a semana anterior, quando foram registradas vendas líquidas de 127,9 mil toneladas.
Na semana, cancelamentos foram realizados por China (148,4 mil t), Taiwan (27,2 mil t) e Canadá (18,4 mil t). Compras feitas por destinos não revelados (57,7 mil t), Coreia do Sul (26 mil t), Indonésia (21,8 mil t), Malásia (7,2 mil t) e Vietnã (2,4 mil t) não foram suficientes para compensar os cancelamentos. Para a safra 2019/20, foram vendidas 223,7 mil toneladas.
Os principais compradores foram México (95 mil t), Taiwan (87,7 mil t) e destinos não revelados (30 mil t), que compensaram parcialmente os cancelamentos reportados pelo Canadá (1,4 mil t). O resultado da safra 2019/20 na semana ficou abaixo das estimativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que iam de 250 mil toneladas a 550 mil toneladas.
Os embarques somaram 637,5 mil toneladas, volume 30% inferior ao registrado na semana anterior e 17% menor que a média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram China (381,6 mil t), México (105,3 mil t), Taiwan (25,3 mil t), Coreia do Sul (25 mil t) e Indonésia (22,3 mil t).
Câmbio: Dólar 0,36% supera R$3,78 com incerteza sobre mais estímulos no exterior
O dólar subiu nesta quinta-feira ao maior patamar em mais de duas semanas contra o real, acima de 3,78 reais, em meio a dúvidas sobre a disposição dos bancos centrais para aumentar a liquidez no mundo, expectativa essa que nas últimas semanas patrocinou a valorização do real e de outras moedas emergentes.
O dólar à vista BRBY fechou em alta de 0,36%, a 3,7826 reais na venda. É o maior nível desde 8 de julho (3,8081 reais). Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a mostrar queda frente ao real, a 3,8076 reais, em meio a expectativas em relação a decisões sobre taxa de juros dos principais bancos centrais.
Na véspera, o dólar teve leve baixa de 0,10%, a 3,7691 reais na venda. Neste pregão, o dólar futuro DOLc1 tinha alta de cerca de 0,73%. “O movimento é consequência lá de fora, muito em cima da decisão do BCE, que manteve a política monetária inalterada, apesar de sinalizar um afrouxamento. A questão é que Draghi foi menos ‘dovish’ do que o esperado”, disse o economista-chefe do Banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira.
O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou nesta quinta-feira que a meta de inflação mais importante do banco não deve ser vista como tendo um limite de 2%, em um movimento significativo acompanhado de novas sugestões explícitas de afrouxamento.
O Banco Central Europeu manteve os juros inalterados em sua reunião de política monetária, afirmando que vê as taxas nos níveis atuais ou mais baixos durante o primeiro semestre de 2020, e desistindo da promessa anterior de manter os juros inalterados até meados de 2020. (Reuters, grifos nossos).
Fonte: T&F Agroeconômica