FATORES DE ALTA DO DIA

EXPORTAÇÕES SEMANAIS EUA FORAM MAIORES: O relatório semanal de Vendas de Exportação da FAS mostrou reservas de safras antigas na faixa das expectativas dos analistas em 191.813 MT. Essa também foi uma alta de 7 semanas. O México foi o maior comprador de 134.100 MT. As vendas da nova safra na semana que terminou em 04/08 foram registradas em 191.340 MT, no limite inferior das estimativas. O principal comprador foi a Itália com 105.000 MT, que foi anunciado anteriormente através do sistema diário.

PRÉ-WASDE: Antes do relatório WASDE de sexta-feira, o comércio estima que o USDA cortará os estoques mundiais da nova safra em 3 MT para 309,9 MT.

EUROPA PRODUZIRÁ MENOS MILHO: A Strategie Grains reduziu sua estimativa para a safra de milho da União Europeia em 10 MT para 55,4 MT.

CONAB REDUZ EM QUASE 1,0 MT A PRODUÇÃO BRASILEIRA DE MILHO: No seu relatório mensal de acompanhamento das culturas, a Conab reduziu em 970 mil toneladas a sua estimativa de produção total de milho do Brasil da safra 2022, para 114,69 MT, contra 115,66 MT do relatório de julho e contra 87,09 MT produzidas na safra passada, que sofreu os efeitos da seca, como mostram os relatórios oficiais abaixo:

FATORES DE BAIXA

O FATOR NEGATIVO DO DIA é o aumento de 31,7% na produção de milho brasileiro, que, embora neste relatório tenha sofrido pequena redução, ainda significa uma oferta bem maior do que a do ano anterior, que impedirá o avanço muito grande dos preços, como foi na safra passada, mesmo com os possíveis aumentos da demanda de exportação para a Europa e para China, previstos para esta temporada.

NOTÍCIAS GERAIS

ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES: Lembram quando falamos sobre a importância de administrar bem os estoques?

Nesta quinta-feira, Fábio Mariano, CEO da BRF, falando em vídeo conferência com investidores sobre os resultados financeiros da empresa, afirmou: “Vamos fazer gestão mais eficiente do estoque de milho, mas sem risco para a companhia”. “Não estamos aqui para colocar qualquer tipo de risco para a companhia.

Estamos falando sobre fazer uma gestão muito mais eficiente principalmente em matéria-prima”, argumentou. O executivo lembrou que ter estoque de grãos faz parte da política de hedge da companhia para evitar o risco de volatilidade nos preços, mas que, neste momento, é preciso levar em consideração que a conta financeira “mudou de patamar”. “Há, por exemplo, a alta de juros no Brasil e encargo de capital da companhia. Então a BRF precisa desafiar um pouco as políticas de estoque mínimo.

E é isso que pretendemos fazer”, garantiu. Segundo Mariano, o movimento é “mandatório” por causa do encargo financeiro que a companhia consegue reduzir com a estratégia. “Que a gente traga isso aos patamares mínimos. Por outro lado, precisamos começar a testar fronteiras”, disse. Para ele, há bastante capital para desmobilizar na BRF. “Eventualmente a gente pode correr alguns riscos, como uma perda de venda”, observou.

B3: Milho fecha em boa alta, impulsionado por Chicago e a alta forte do dólar

CAUSAS DA OSCILAÇÃO DE HOJE: Como o principal driver dos preços do milho continua sendo a exportação os fatores que a influenciam, também influenciam o mercado local, porque ambos se abastecem da mesma fonte e, se um desenvolve potencial de enxugamento do mercado, elevando os preços, o outro se ajusta e trata de garantir o seu quinhão. Foi o que aconteceu hoje nos mercados físico e futuros no Brasil. A forte alta de 1,44%, somada à alta de 1,33% em Chicago elevou as condições da exportação.

OS FECHAMENTOS DO DIA: Com isto, as cotações futuras fecharam em alta no dia e na semana: o vencimento setembro/22 fechou a R$ 89,16, alta de R$ 2,08 no dia e de R$ 1,85 na semana nos últimos 5 pregões (semana); já novembro/22 fechou a R$ 91,85, alta de R$ 2,31 no dia e de R$ 2,59 na semana e janeiro/23 fechou a R$ 94,20, alta de R$ 1,72 no dia e de R$ 1,97 na semana.

CHICAGO: Milho subiu mais 1,33% puxado pelo clima, Wasde e alta do petróleo

FECHAMENTOS: A cotação do milho para setembro, que é o novo mês base, fechou em alta de 1,33% ou $ 8,25 cents/bushel a $ 629,50. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em alta de 1,36% ou $ 8,50 cents ou a $ 634,25.

CAUSAS DA ALTA DE HOJE: O clima seco e as altas temperaturas nos EUA e na Europa condicionariam as expectativas de produtividade e produção. O mercado antecipa uma projeção de safra menor para o próximo USDA mensal. O petróleo firme deu impulso.

PRÉ WASDE: Antes do relatório WASDE de sexta- feira, o mercado estima que o USDA aumente os estoques finais da safra antiga em 10 mbu para 1,52 bbu (38,61 MT). Os estoques de novas safras estão em 1.406 bbu (35,71 MT), uma queda de 64 mbu em relação à menor produção esperada.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.