Os contratos futuros dos meses mais próximos de soja fecharam em 2 a 3 1/4 centavos de dólar mais baixos na terça-feira. Os futuros de farelo de soja caíram de US$ 50 centavos a US$ 1,00/ton no dia, com julho fechando em US$ 287,90/tonelada. Os futuros do óleo de soja foram mais elevados no fechamento, com ganhos de 22 a 25 pontos nos meses seguintes.

O USDA informou que no domingo 93% da área projetada de soja havia sido plantada contra 72% no ano passado e 88% da média de cinco anos. O percentual de culturas emergidas atingiu 81%, comparado a 75% da média 2015-2019. O percentual de soja em boas e excelentes condições permaneceu em 72%, conforme previsto pela média dos analistas.

O clima nos EUA é considerado bom para o cultivo de soja neste momento, mas os Tradings estão observando o clima potencialmente quente e seco por um período prolongado que pode reduzir o potencial de produção. As previsões indicam clima quente e seco nesta semana, mas as chuvas são esperadas depois disso.

 Dólar fecha em alta ante real após dados nos EUA e Powell

O dólar fechou em nova e firme valorização nesta terça-feira, retomando o patamar de 5,23 reais, em dia de fortalecimento global da divisa norte-americana após dados turbinarem expectativas de que os Estados Unidos estão deixando o pior da crise econômica do coronavírus, o que endossou o status do dólar como porto seguro.

Inicialmente, os números positivos do varejo nos EUA elevaram o apetite por risco nos mercados de câmbio, mas a combinação deles com declarações ainda cautelosas do chair do Fed, Jerome Powell, acabou aumentando a demanda pela segurança da moeda dos EUA.
Powell disse que o Fed não vê como atrativa a ferramenta de juros negativos, que não há decisão sobre controle da curva de Treasuries e que o banco central vai desacelerar as recém-anunciadas compras de títulos corporativos individuais caso o funcionamento do mercado melhore.

Todos esses motivos haviam sido citados recentemente como fatores de queda do dólar nos mercados internacionais. O dólar também se apreciou na esteira de notícias de que Pequim e províncias da China impuseram restrições de viagem devido a aumento de casos de coronavírus, o que provocou temor de uma segunda onda de infecções.



No Brasil, a valorização da divisa foi respaldada ainda pelo clima de incerteza do lado político, que na visão do mercado atrapalha a retomada dos debates sobre reformas econômicas. O tombo pior que o esperado nas vendas do varejo brasileiro em abril tampouco ajudou.

O dólar à vista subiu 1,76%, a 5,2324 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 1,65%, a 5,2456 reais, às 17h28. O mercado já devolveu parte do recente rali no exterior, enquanto aqui o dólar se afasta mais das mínimas abaixo de 5 reais atingidas no começo de junho.

Enquanto aumentam temores sobre impactos negativos de tanta oscilação na taxa de câmbio no Brasil sobre a esperada recuperação, analistas adotam cada vez mais cautela sobre o recente otimismo nos mercados externos. “Ainda vejo desafios pela frente e uma recuperação muito heterogênea da economia, uma vez passados esses efeitos iniciais. O mercado tem sim motivos para celebrar, mas precisamos sempre medir o que já está no preço em cada momento do tempo”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.

O chair do Fed voltará a falar na quarta-feira, enquanto no Brasil as atenções estarão voltadas para a decisão de política monetária do Banco Central. Há especulações de que o BC pode deixar a porta aberta para novos cortes da Selic diante das fracas leituras de inflação e do colapso da economia.

O real perde 23,31% no ano, pior desempenho global. A queda dos juros é citada como elemento que pressionou o câmbio nos últimos tempos, já que reduziu a taxa paga por títulos de renda fixa e colocou o Brasil em desvantagem em relação a outros emergentes com juros básicos mais elevados. (Reuters, grifos nossos)

Fonte: T&F Agroeconômica

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