FECHAMENTOS: O contrato de março22 de soja em grão voltou a fechar em forte alta de 2,45% ou 40,0 cents/bushel a $ 1675,0 (máxima do dia de 1679,50); o contrato de maio22, importante para as exportações brasileira, fechou em alta de 2,14% ou $ 35,00 cents a $ 1670,0. O contrato de farelo de soja fechou em alta de 3,86% ou 17,5/ton curta a $ 471,2 e o contrato de óleo de soja fechou em alta de 0,73% ou 0,51/libra-peso a $ 70,73.
AS CAUSAS: Óleos vegetais e subprodutos de soja ampliaram os ganhos sobre os temores da oferta global. Por sua vez, o mercado continua a incorporar perspectivas de rendimentos mais baixos na América do Sul e há especulações de maior demanda pelo USDA dos EUA reportado vendas para a China de 132.000 toneladas, aumentando o sentimento de alta.
VENDA PARA CHINA: O USDA informou outra venda de soja da nova safra de 132 mil toneladas para a China em um anúncio privado nesta manhã.
BRASIL: Uma consultoria brasileira informou que 33% da soja foi colhida até 17/02, que compara com o ritmo de 15% do Brasil no ano passado.
ARGENTINA: A Bolsa de Cereales de Buenos Aires manteve sua perspectiva de produção de soja de 42 MT para a Argentina.
CHINA: A produção de soja na China nunca passou de 3% da produção total de grãos. O subsídio é grande, mas a produtividade é baixa. Essa soja é utilizada para consumo humano como remédios, tofu e shoyo. Mas a ambição é chegar nos 4-5%, ou alguma coisa perto de 25 milhões de toneladas. Em 2020 a China produziu mais de 19 milhões, mas depois perdeu área para o milho. Planejadores querem reduzir a dependência da soja importada (85% da demanda agregada) e, também, do óleo importado, o que faria muito sentido.
A China possui um quebra-cabeça: Quanto mais barata a carne suína, menor o consumo de farelo. Quanto menor o consumo de farelo, menor é a margem de esmagamento e menor o processamento. Quanto menor o esmagamento, menor é a produção interna de óleo e maior a necessidade de importação. As importações de óleos comestíveis bateram no ano passado 11,6 milhões de toneladas, quase o dobro em relação a 2018. Dos 42 milhões de toneladas de óleos que a China consumo, mais de 40% vêm da soja importada e 25% de óleos importados. Ou seja, do óleo consumido internamente, a China depende de 65% dos seus parceiros comerciais, cenário que coloca em risco sua segurança alimentar, como esse ano.
Fonte: T&F Agroeconômica