Comentários referentes à 12/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 12/03

Milho: A cotação de maio, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -2,02% ou $-9,50 cents/bushel a $ 460,75. A cotação para maio, fechou em baixa de -1,99% ou $ -9,50 cents/bushel a $ 467,50.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. As cotações do cereal foram atingidas por uma sequência de fatores negativos. O mercado não digeriu bem a não
redução de estoques de milho nos EUA, em um momento que a nova safra está perto de ser semeada e com aumento de área. A guerra tarifária pode levar a Europa a taxar o milho americano, assim como o Canadá e o México, a partir de abril. A produção de etanol foi reduzida no comparativo semanal e os estoques do biocombustível aumentaram no período.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou com uma leve correção depois da forte queda do dia anterior

Os principais contratos de milho encerraram o dia de forma mista nesta quarta-feira (12).
Depois de uma forte queda no dia anterior, o milho negociado no B3 passou por correção neste meio de semana. A cotação de maio, a primeira que pode ser negociada, ainda fechou com leve saldo negativo, mas as demais conseguiram obter alguns ganhos.

O mercado brasileiro está de olho na guerra tarifária nos EUA, o que poderá aumentar a demanda externa pelo nosso milho. Com a demanda externa e interna aquecida, há espaço
para a manutenção e até mesmo alta nos preços do milho. O ponto de atenção deverá ser o quanto o cereal pode ficar caro para a indústria local de ração, que pode buscar alternativas nos outros grãos.

OS FECHAMENTOS DO DIA 12/02

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 88,69 apresentando alta de R$ 1,23 no dia, alta de R$ 2,28 na semana; maio/25 fechou a R$ 79,45, baixa de R$ -0,10 no dia, baixa de R$ -2,27 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 72,02, alta de R$ 0,16 no dia e baixa de R$ -1,34 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUROPA RETALIA EUA COM TARIFAS SOBRE MILHO (baixista)

Anúncio da Comissão Europeia de que, em resposta às tarifas do governo Trump sobre importações de aço e alumínio, serão impostas tarifas sobre até € 26 bilhões em produtos dos EUA. Essa retaliação, que entraria em vigor em 1º de abril, inclui tarifas de 25% sobre o milho dos Estados Unidos. Normalmente, a União Europeia compra entre 2 e 3,5 milhões de toneladas de milho dos EUA.

A GUERRA COMERCIAL (baixista)

Esta é apenas uma das respostas que começam a surgir em retaliação à guerra comercial 2.0 desencadeada pela Casa Branca, somando-se às tarifas de 15% que a China impôs ao milho americano, entre outros produtos. Vale lembrar que no dia 2 de abril, além das tarifas recíprocas impostas por Washington entrarem em vigor, também terminaria a trégua com o México e o Canadá, países que lideram a demanda por milho e etanol dos EUA, respectivamente.

DECEPÇÃO COM RELATÓRIO DO USDA (baixista)

Isso se somou à decepção decorrente do relatório mensal do USDA, que não reduziu sua previsão para os estoques finais dos EUA, como os traders esperavam antes do relatório, e novamente ajustou sua estimativa para a demanda chinesa, que agora está estimada em 65,83% menor do que na temporada anterior, caindo de 23,41 milhões de toneladas para apenas 8 milhões de toneladas.

EUA-PRODUÇÃO MENOR DE ETANOL (baixista)

O relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA reforçou o tom negativo, pois cortou a produção diária de etanol hoje de 1.093.000 para 1.062.000 barris, número que ainda permanece acima dos 1.024.000 barris no mesmo período em 2024, enquanto aumentou o estoque do biocombustível de 27.289.000 para 27.376.000 barris, volume que permaneceu bem acima dos 25.782.000 barris em estoque há um ano.

CANADÁ AUMENTA ÁREA DE MILHO (baixista)

Em seu relatório de estimativas agrícolas para o ano agrícola de 2025/2026, a Statistics Canada estimou hoje que 1,53 milhão de hectares de milho serão plantados; A área destinada à cevada aumentou em 2,54 milhões de hectares, e a parcela destinada à aveia em 1,21 milhão, em comparação com 1,48, 2,59 e 1,17 milhão de hectares no ciclo anterior, respectivamente.

Fonte: T&F Agroeconômica



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