Em out/24, o esmagamento de soja em Mato Grosso alcançou 1,03 milhão de toneladas processadas, um avanço de 3,48% em relação a out/23 e 18,18% acima da média dos últimos três anos.
No acumulado do ano (jan/24 a out/24), foi observado um aumento de 6,18% em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando 10,48 milhões de toneladas. Para se ter uma ideia do ritmo das indústrias em 2024, apenas nos meses de janeiro e setembro o volume esmagado no estado ficou abaixo de 1,00 milhão de toneladas. Esse crescimento está relacionado ao aumento da capacidade de processamento das indústrias e à maior demanda por óleo e farelo de soja.
Por fim, a margem bruta das indústrias em outubro registrou uma média de R$ 396,79 por tonelada, representando uma queda de 14,77% em relação a set/24, influenciada pela maior valorização do preço da oleaginosa no mês em relação ao aumento nos valores dos coprodutos.
AUMENTO: o diferencial de base MT/CME registrou uma elevação semanal de 9,74% em relação á semana anterior, motivado pela valorização no preço da soja em Mato Grosso.
ALTA: impulsionado pelo aumento na demanda das indústrias esmagadoras, o preço da soja no indicador Cepea mostrou um avanço de 0,18% ante a semana anterior.
SEMEADURA: os trabalhos a campo em Mato Grosso apresentaram um avanço de 5,26 p.p. em relação à semana passada.
Em out/24, a China reduziu as compras de soja do Brasil e dos EUA
No mês, as exportações brasileiras para o gigante asiático totalizaram 3,52 milhões de t, redução de 28,14% em relação a out/23. Essa queda no comparativo anual está relacionada à menor disponibilidade de soja no país neste período, devido à quebra de safra nos principais estados produtores.
Nos EUA, o apetite da China também apresentou diminuição, adquirindo 2,42 milhões de t em out/24, queda de 5,37% em relação a out/23. Quando analisado o acumulado do ano (jan a out/24), o consumo da China de soja brasileira se inverte, alta de 3,50% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, para os EUA, observa-se uma redução de 10,38% no acumulado de 2024. Por fim, para o próximo ano, o mercado espera que a China se direcione ainda mais para a soja do Brasil do que para a dos EUA, caso as promessas de campanha do governo Trump se concretizem, o que pode ocorrer de maneira semelhante ao que já foi observado entre 2018 e 2019.
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Fonte: IMEA