De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, as chuvas devem retornar ao Sul do Brasil no dia 14, com o ingresso de uma nova frente fria.
Ao longo do dia, as chuvas devem seguir concentradas no litoral do Nordeste, em áreas do Agreste e do Semi-Árido Nordestino, assim como na região Norte. O agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, afirma que no extremo sul da Fronteira Leste do Rio Grande Sul pode haver algumas pancadas de chuvas durante o dia.
A frente fria que deve atuar no Sul do Brasil entre os dias 14 e 15 de junho poderá trazer chuvas significativas ao Rio Grande do Sul, parte de Santa Catarina, sudoeste do Paraná, oeste de Mato Grosso do Sul, áreas do Paraguai e da Bolívia. Santos informa que essa frente fria deverá avançar um pouco entre os dias 15 e 16, levando chuvas ao sul e oeste do Paraná. Em São Paulo, há alguma possibilidade de chuvas, mas somente na região de fronteira com o Paraná.
Nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e na região do Matopiba, o tempo aberto deve predominar na próxima semana, favorecendo um rápido avanço da colheita de milho e de algodão.
O agrometeorologista destaca que está previsto o avanço de uma massa de ar polar pelo Brasil entre os dias 16 e 17, ingressando na retaguarda da frente fria. Mas, até o momento, não há indicativo de que a onda de frio seja suficiente para favorecer a formação de geadas. Haverá, contudo, a continuidade da amplitude térmica pelo Brasil, com o começo de manhãs com temperaturas mais baixas e o registro de calor ao longo do dia.
Santos destaca que a segunda metade de junho deverá seguir com chuvas mais concentradas no Sul do Brasil, embora com intervalos entre 10 a 12 dias, o que permitirá um bom plantio das lavouras de inverno.
La Niña
Para Santos, por enquanto o clima segue apontando neutralidade, embora haja uma expectativa de que os primeiros sinais do La Niña sejam vistos a partir de julho e de agosto. Assim, o fenômeno terá pouca influência na safra dos Estados Unidos, uma vez que são esperadas boas chuvas para o restante de junho, julho e agosto.
O agrometeorologista chama a atenção para a ocorrência de temporais no Texas, embora, de forma geral, até agora não haja problemas climáticos maiores que possam comprometer a produção de grãos nos Estados Unidos.
Autor/Fonte: Arno Baasch / Safras News
