Embora uma diversidade de pragas possa acometer a cultura do milho, a praga mais temida no momento é a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis). A praga pode causar danos diretos, mas se destaca pelos danos indiretos, mais especificamente por atuar como vetor dos enfezamentos.
Os enfezamentos são doenças causadas por microrganismos molicutes (classe Mollicutes-Reino Bactéria), que são um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii) e um fitoplasma (Maize bushy stunt). Os dois tipos de enfezamento mais comuns são o enfezamento-pálido e o enfezamento vermelho, sendo esses causados pelo espiroplasma e pelo fitoplasma, respectivamente (Embrapa).
Figura 1. Planta de milho com sintomas do enfezamento pálido (A) e enfezamento vermelho (B).
Os danos resultantes da ocorrência dos enfezamentos em milho podem variar de acordo com o estádio em que ocorre a infecção da planta e susceptibilidade da cultivar, sendo que quando mais cedo ocorrer a infecção e mais suscetível a cultivar, maiores são os danos. Conforme destacado por Ribeiro & Canale (2021), em genótipos suscetíveis ao complexo de enfezamentos, pode-se observar perda de produtividade superiores a 90%.
Os adultos da cigarrinha do milho medem cerca de 4 mm de comprimento por menos de 1 mm de largura, em áreas infestadas, normalmente a maior concentração dos indivíduos pode ser observada no cartucho do milho (Waquil, 2004).
Figura 2. Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).
Algumas características e particularidades podem auxiliar na identificação da espécie (Dalbulus maidis). Embora ainda não haja nível de controle pré-estabelecido para a cigarrinha do milho, o monitoramento das áreas de produção é essencial para determinar a necessidade de controle da praga.
Figura 3. Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).
Pesquisa apontam um período crítico para controle da cigarrinha visando reduzir os danos ocasionados pelos enfezamentos, entretanto, cabe destacar que o manejo e controle da cigarrinha visando reduzir a ocorrência dos enfezamentos depende de um conjunto de ações.
A cigarrinha do milho, necessita em específico de planta de milho para sua sobrevivência, sendo assim, práticas de manejo como o controle e eliminação de plantas de milho espontâneas (milho tiguera), podem auxiliar no controle da praga. Para melhor assertividade no controle da cigarrinha e manejo dos enfezamentos, é essencial conhecer a dinâmica de infecção, bem como as caraterísticas biológicas da praga e as opções disponíveis para manejo.
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Referências:
EMBRAPA. CONTROLE DA CIGARRINHA DO MILHO: ENFEZAMENTOS POR MOLICUTES E CIGARRINHA NO MILHO. Disponível em: < https://www.embrapa.br/controle-da-cigarrinha-do-milho >, acesso em: 14/09/2021.
MANEJO DA CIGARRINHA E ENFEZAMENTOS NA CULTURA DO MILHO. Embrapa Milho e Sorgo, Sistema FAEP/SENAR-PR. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1130346/1/Cartilha-Manejo-cigarrinha-enfezamentos-milho.pdf >,a cesso em: 14/09/2021.
RIBEIRO, L. P.; CANALE, M. C. CIGARRINHA-DO-MILHO E O COMPLEXO DE ENFEZAMENTOS EM SANTA CATARINA: PANORAMA, PATOSSISTEMA E ESTRATÉGIAS DE MANEJO. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.34, p.22-25, n.2, maio/ago. 2021. Disponível em: < https://publicacoes.epagri.sc.gov.br/RAC/article/view/1144/1124 >, acesso em: 14/09/2021.
WAQUIL, J. M. CIGARRINHA-DO-MILHO: VETOR DE MOLICUTES E VÍRUS. Embrapa, Circular Técnica, n. 41, 2004. Disponível em: < https://www.embrapa.br/documents/1344498/2767891/cigarrinha-do-milho-vetor-de-molicutes-e-virus.pdf/17d847e1-e4f1-4000-9d4f-7b7a0c720fd0 >,a cesso em: 14/09/2021.
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