A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é conhecida por ser o principal inseto vetor dos enfezamentos pálido e vermelho que acometem a cultura do milho. Segundo Lobato (2022), os danos podem chegar à 70% dependendo do estádio de desenvolvimento em que as plantas são infectadas, sendo considerado o período de VE a V5 como período crítico para o controle de cigarrinha-do-milho.

Figura 1. Planta de milho com sintomas do enfezamento pálido apresentando desenvolvimento prejudicado.

Foto: Cota et al. (2021)

 

Segundo Cota et al. (2021), por ser hospedeira obrigatória de plantas de milho, o manejo da cigarrinha do milho parte de premissas como o controle eficiente de plantas espontâneas de milho (milho tiguera) nos períodos entressafra. Além disso, estratégias como o uso de cultivares tolerantes aos enfezamentos, o tratamento de sementes com inseticidas e a padronização das datas de semeadura, contribuem para o manejo da cigarrinha e dos enfezamentos.

Sobretudo, em virtude do cultivo anterior do milho, uma das culturas que mais sofre com os enfezamentos é o milho safrinha (milho segunda safra). A presença de populações da cigarrinha-do-milho no final da safra de milho, e/ou em área vizinhas ao cultivo safrinha, ou no milho tiguera na soja antecessora ao milho, pode representar significativo risco para o milho segunda safra.

Figura 2. Sintomas do enfezamento vermelho em plantas de milho.

Foto: Cota et al. (2021)

Embora ainda não haja nível de ação pré-estabelecido para a cigarrinha-do-milho, a simples presença da praga, principalmente em áreas com histórico de ocorrência e/ou com cultivos antecessores de milho, já justifica seu controle em virtude do elevado potencial em causar danos. A capacidade da cigarrinha em transmitir os enfezamentos para a cultura do milho está relacionada ao nível de indivíduos infectados pelos molicutes, e não a densidade populacional da praga, o que dificulta a definição do nível de ação para a cigarrinha.

Conforme destacado pelo Eng. Agrônomo Fernando Engler, o manejo e controle da cigarrinha tem início ainda antes do cultivo do milho safrinha, através do emprego de medidas que visem reduzir as densidades populacionais da cigarrinha-do-milho, utilizando para tanto, práticas como o controle do milho tiguera na cultura da soja, o emprego de híbridos de milho mais tolerantes aos enfezamentos, assim como adequadas doses de inseticidas no tratamento de sementes.

Com relação ao controle da cigarrinha em pós emergência do milho, deve-se priorizar o controle químico durante as horas mais frescas do dia, preferencialmente durante as madrugadas, destinando atenção especial para o controle de VE a V5, onde as infecções podem ocasionar maiores danos à cultura posteriormente. A eficiência de alguns ingredientes ativos de inseticidas para o controle da cigarrinha do milho você pode conferir clicando aqui!

Confira abaixo as dicas do Eng. Agrônomo Fernando Engler.


Inscreva-se agora no canal dos Professores Alfredo & Leandro Albrecht, aqui.



Referências:

COTA, L. V. et al. MANEJO DA CIGARRINHA E ENFEZAMENTOS NA CULTURA DO MILHO. Embrapa milho e Sorgo, 2021. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1130346/manejo-da-cigarrinha-e-enfezamentos-na-cultura-do-milho >, acesso em: 16/11/2022.

LOBATO, B. CIGARRINHA E ENFEZAMENTOS DO MILHO DESAFIAM PRODUTORES, QUE DEVEM SEGUIR RECOMENDAÇÕES DE MANEJO. Embrapa, News, 2021. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/busca-de-noticias/-/noticia/65316124/cigarrinha-e-enfezamentos-do-milho-desafiam-produtores-que-devem-seguir-recomendacoes-de-manejo >, acesso em: 16/11/2022.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.