O clima encontra-se sob influência do fenômeno El Niño, o qual é caracterizado por condições de anomalia da temperatura da superfície do mar. Este fenômeno apresenta-se na posição 3.4 no Oceano Pacífico Equatorial atingindo uma anomalia positiva, ou seja, temperaturas acima da média, em relação a média histórica. Essa anomalia positiva acima de 0,5°c indica o início do fenômeno El Niño. No entanto, essa condição de temperatura superior de 0,5°c deve permanecer igual ou deve ter aumento da temperatura, devendo ainda perdurar até no mínimo o mês de setembro para que se consolide o fenômeno.
Os efeitos do fenômeno El Niño são mais perceptíveis durante a primavera e o verão, impactando principalmente o regime de chuvas no Rio Grande do Sul. De acordo com os modelos de previsão, espera-se que o aquecimento continue até dezembro, indicando que a condição de El Niño persistirá durante a primavera e o verão. Isso pode resultar em períodos de seca no Norte e Nordeste do país, ao mesmo tempo em que ocorrerão chuvas excessivas na região Sul. As temperaturas podem superar até 2,5°C acima da média na superfície do mar, indicando a possibilidade de um El Niño intenso, similar ao ocorrido em 2015/16.
De acordo com as projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) para o trimestre de julho, agosto e setembro, o Rio Grande do Sul tende a receber precipitação acima da média, variando de 10 a 100 mm acima da média histórica para esse período. No entanto, algumas regiões mais centrais e o noroeste do estado podem apresentar chuvas abaixo da média. Quanto às temperaturas, espera-se que grande parte do país apresente temperaturas acima da média, o que é característico do fenômeno El Niño. No entanto, a maior parte do estado do Rio Grande do Sul deverá apresentar condições climáticas dentro da normalidade para o período.
De acordo com as previsões meteorológicas do Climatempo para os próximos dias no Rio Grande do Sul, para a Região Noroeste, são esperados 132 mm para São Luiz Gonzaga; 60,2 mm para Santa Rosa (NOAA) e 123 mm para Campo Novo. Já na Região do Planalto, são esperados aproximadamente 140 mm para Água Santa; 144 mm para Sarandi, 148 mm para Não-me-Toque e 153 mm para Ibirubá.
No Noroeste-Centro, as previsões de tempo para os próximos 15 dias indicam volumes acumulados de chuva 137 mm para Panambi, 147 mm para Cruz Alta, 160 mm para Tupanciretã e 163 mm para Júlio de Castilhos. No Centro-Sul, estão previstos 212 mm para São Sepé, 123 mm para Caçapava do Sul, 155 mm para Bagé e 156 mm para Arroio Grande.
Nos últimos dias do mês de julho, observa-se uma drástica queda nas temperaturas, levantando a possibilidade de formação de geada em todas as regiões. É importante ressaltar que as previsões de volume de chuvas podem variar, destacando a diferença entre as instituições meteorológicas, como NOOA e Climatempo, que apresentam diferentes estimativas pluviométricas.
Acompanhe, no vídeo a seguir, os prognósticos climáticos e previsões de tempo para os próximos 15 dias nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul.