Bárbara Centelhas apresenta no Clima Cast as últimas atualizações das projeções climáticas, fornecendo informações sobre as condições de temperatura, chuvas, em relação ao fenômeno El Niño Oscilação Sul e demais fenômenos climáticos relevantes para as principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul.
Há exatamente um ano, em maio de 2023, o fenômeno El Niño Oscilação Sul entrou em sua fase quente, marcando o início do El Niño. Essa transição ocorreu após um período de La Niña, que resultou em períodos secos no Estado. Ao longo dos meses seguintes, o El Niño ganhou força gradualmente, atingindo seu ápice em dezembro de 2023.
Atualmente, o cenário de classificação da anomalia aponta para uma anomalia de 1.1° C, indicando uma redução da intensidade fenômeno. A tendencia é que o fenômeno continue perdendo força gradativamente e se aproxime cada vez mais da normalidade.
De acordo com as projeções do NOAA, as condição das temperaturas da superfície do mar onde monitora-se as condições do fenômeno El Niño, estão mostrando sinais de resfriamento, com temperaturas abaixo da média, indicando uma tendência de enfraquecimento do fenômeno El Niño.
As projeções do IRI sobre as condições do El Niño também indicam uma redução nas anomalias, chegando a condições próximas a normalidade. Tudo indica que a partir deste mês, o fenômeno El Niño não terá mais influência sobre as condições climáticas, entrando em uma fase de neutralidade.
De acordo com os prognósticos climáticos, essa condição de neutralidade deve permanecer até Julho, quando as temperaturas devem continuar reduzindo e se aproximando das condições que representam, possivelmente, o fenômeno La Niña. Centelhas ressalta que para o fenômeno se configure, é necessário que as condições perdurem por cinco trimestres móveis, uma vez que a atmosfera reage de forma lenta às mudanças de temperaturas do oceano. Dessa forma, caso a ocorrência do fenômeno seja confirmada, é provável que ele influencie e provoque impactos a partir do final do ano.
Com relação às probabilidades de ocorrência dos fenômenos ENOS, nos próximos meses indicam altas probabilidades de condições de neutralidade, enquanto a La Niña também apresenta grande probabilidade de ocorrência. A partir do mês de Agosto, é possível que ela deva ganhar forças.
De acordo com a normal climatologia, espera-se que haja um acumulado de chuvas nos meses de Maio, Junho e Julho na região sul do país. Podendo ocorrer acumulados variando de 100 a 240 mm em algumas regiões do Estado durante esse período.
As projeções com relação às chuvas e temperaturas para o trimestre, de acordo com o INMET, indicam que grande parte do RS tende a ter chuvas acima da média, enquanto a região central do estado tende a ficar mais próxima da normalidade. As temperaturas também tendem a permanecer dentro da normalidade em quase todo o estado.
Com relação às projeções do ECMWF, é possível observar algumas divergências. Para o RS as projeções indicam que as chuvas devem ocorrer dentro da normalidade. Quanto as temperaturas, diferente das projeções do INMET, apontam para variações positivas.
Quando se trata projeções a médio prazo, é importante lembrar que o nível de assertividade é mediano. Portanto, é essencial acompanhar diferentes fontes e realizar análises cuidadosas para melhorar a assertividade das previsões.
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