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Clima favorável nos Estados Unidos derruba preços da soja em Chicago em julho; cotações domésticas também cedem

 Os preços domésticos da soja cederam em julho na maioria das praças de comercialização. Os negócios evoluíram, ainda que moderadamente, com produtores aproveitando alguns repiques, principalmente ocasionados pelo câmbio.

A pressão sobre as cotações internas foi exercida pela queda nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), imposta pelo clima favorável ao desenvolvimento das lavouras. No final de julho, a posição novembro estava em US$ 10,22 1/2 por bushel, com desvalorização de m7,4% no acumulado mensal.

A saca de 60 quilos recuou de R$ 138,00 para R$ 133,00 no período, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preços baixou de R$ 134,50 para R$ 129,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação subiu R$ 1,00 para R$ 129,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), o preço recuou de R$ 144,00 para R$ 138,00.

A baixa nos referenciais brasileiros não foi tão intensa devido ao câmbio. Em julho, a moeda americana subiu 1,12%, encerrando o mês na casa de R$ 5,65. Nos primeiros dias de agosto, subiu ainda mais, superando a barreira de R$ 5,73 e batendo no maior patamar desde dezembro de 2021.

Argentina

A intenção de plantio de  soja na Argentina na temporada 2024/25 está estimada em 18,2 milhões de hectares, segundo dados de Safras & Mercado, marcando um aumento de quase 1 milhão de hectares em relação à campanha anterior. A principal causa do aumento da área seria a menor disposição do produtor em plantar milho, em função da cigarrinha, voltando-se em maior medida para a soja e em menor medida para o sorgo e o girassol. A confirmar-se esta estimativa, seria a maior superfície desde a campanha 2015/2016.

Em relação aos rendimentos, os resultados alcançados na campanha anterior 2023/24 foram positivos. Com isso, a primeira projeção para 2024/25 coloca rendimentos apenas 3% superiores, passando de 2.961 Kg/ha para 3.055 Kg/ha.

A produção esperada de soja para a temporada 2024/25 é de 55,3 milhões de toneladas, um aumento de aproximadamente 11% em relação à campanha 2023/24.

“É importante lembrar que o plantio de soja na Argentina começa no final de outubro/início de novembro e se estende até o final de janeiro. O número final de plantio estará ligado ao clima que incentivará ou não o plantio precoce do milho. Caso não ocorram as chuvas oportunas para a semeadura do milho precoce, que começa em setembro e se estende até o início de dezembro, é provável que o produtor, em vez de recorrer ao milho tardio, opte pela soja tardia”, explicou o analista Joaquín Azpiroz Arias.

Passando ao clima, os modelos para a Argentina preveem um evento La Niña para a próxima campanha 2024/25, embora não se espere que tenha a mesma intensidade do que aconteceu na temporada 2022/23, quando o país passou por forte seca nas principais regiões produtoras, que quebrou a safra de soja.

Autor/Fonte: Julieta Marino e Dylan Della Pasqua / Safras News

Equipe Mais Soja
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