A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quarta (19), da primeira reunião do ano da Câmara Setorial do Arroz para debater desafios do setor e as perspectivas para o mercado.
O encontro, realizado dentro da 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, no município de Capão do Leão (RS), contou com a participação do titular da CNA na Câmara, Francisco Shardong, e do assessor técnico, Tiago Pereira.
Na reunião, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou um panorama do mercado, destacando os desafios climáticos, estoques e os impactos da oferta e demanda sobre os preços.
Segundo a estatal, a produção nacional total estimada pelo órgão para a safra atual é de 11,8 milhões de toneladas. O órgão avaliou também o impacto dos fatores climáticos adversos, como estiagens prolongadas e excesso de chuvas em algumas regiões produtoras, além do balanço entre oferta e demanda.
Durante a discussão, Francisco Shardong falou sobre a metodologia de levantamento das informações sobre a cultura. “Sabemos que há diferenças metodológicas, mas esperamos que os números tenham convergência nos levantamentos”.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, ressaltou a preocupação com os elevados custos de produção do arroz no Rio Grande do Sul, que dificultam a rentabilidade dos produtores. Segundo ele, a comercialização abaixo de R$ 90 por saca não cobre os custos operacionais, que ultrapassam R$ 12.000 por hectare em desembolso e chegam a R$ 16.000 no custo total.
O assessor técnico Tiago Pereira destacou a importância de olhar para a rentabilidade e o mercado externo. “Não basta ampliar a área plantada sem garantir que a produção seja economicamente viável. É fundamental assegurar a competitividade do arroz brasileiro no mercado, tanto interno quanto externo, para que os produtores continuem investindo na cultura com segurança”.
Fonte: CNA