A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na quinta (17) de um debate sobre potencial de investimentos no agronegócio brasileiro no 40º Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada, que acontece até sexta (18), em São Paulo.

O evento é promovido pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e reúne autoridades e especialistas para discutir temas relacionados aos fundos de pensão. A CNA é uma das apoiadoras do encontro.

O vice-presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA e economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, foi um dos expositores. Ele afirmou que o setor quer uma relação mais direta com os investidores e falou sobre fontes alternativas de crédito. Neste cenário, os fundos fechados de previdência complementar tornam-se uma boa alternativa para financiar a agricultura, que é baseada em tecnologia.

“Investir no agro é um grande negócio para os fundos. Basta que eles saibam disso. Por isso, a CNA está aqui com força total, participando das palestras, com um estande, atendendo a todas as pessoas que se interessam pelo nosso setor. Não temos dúvida de que, no futuro, o crédito rural também será de uma relação entre produtor e investidor e não apenas entre produtor e banco. Quando isso acontecer, saberemos que se deu porque um dia a CNA fez esse trabalho de mostrar o agro para os investidores”, destacou.



Da Luz também reforçou a necessidade de atualização do atual modelo de crédito rural, em que os tomadores de recursos, no caso os produtores, pagam muito caro pelos recursos, além de serem ainda extremamente dependentes do crédito oficial.

Também participaram do debate a representante-executiva da Climate Bonds Initiative (CBI), Thatyanne Gasparotto, o advogado José Alves Ribeiro, sócio do escritório VBSO, e o sócio fundador da Ecoagro, Moacir Teixeira.

Pela primeira vez o agro foi representado no congresso. Um dos objetivos do painel foi abordar a tecnologia como base de crescimento da produção agropecuária brasileira, em um momento que o país passa por uma mudança de paradigmas no financiamento da produção de alimentos, fibras e bioenergia.

A presença da CNA no evento é um desdobramento dos encontros promovidos desde o ano passado com entidades de previdência complementar fechada para discutir a diversificação de fontes de financiamento do agro. A entidade também tem um estande no evento em parceria com o escritório VBSO e a Ecoagro, que são parceiros do congresso.

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