O Dia Nacional da Conservação do Solo é comemorado anualmente no Brasil sempre em 15 de abril. A sua instalação é resultado da aprovação em 13 de novembro de 1989 da Lei Federal 7.876. A conservação e proteção do solo deve ser uma missão de todos os agricultores do nosso país, que tiram dele o sustento para si e seus familiares, e produzem alimentos para o Brasil e o mundo.

Participação – Nas regiões da Coamo, os agricultores associados da cooperativa vêm fazendo a sua parte e participando do processo evolutivo nos trabalhos de conscientização com a utilização de ferramentas que tornaram possível ao longo dos anos o uso de tecnologias para a melhoria dos sistemas de plantio e cuidados com o solo. “Conscientizar os produtores, no início, principalmente na década de 70, na região de Campo Mourão, de que o controle da erosão era o único futuro para a agricultura não foi tarefa fácil. Felizmente, conseguimos aos poucos introduzir as técnicas de conservação do solo e plantio direto, as quais, literalmente, foram a salvação da lavoura”, lembra o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, diretor presidente da Coamo.



PNCS – A cidade de Campo Mourão sediou em 4 de setembro de 1976, na Praça Bento Munhoz da Rocha Netto – conhecida como a “Praça do Fórum”, um grande acontecimento. Ela foi escolhida para sediar o lançamento do Plano Nacional de Conservação de Solos (PNCS). No local está exposto um monumento alusivo à conservação de solos. O evento contou com a participação do ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, do governador Jaime Canet Júnior, do secretário estadual da Agricultura Paulo Carneiro Ribeiro, do presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, autoridades e milhares de pessoas, que acreditavam chegar ao fim a caminhada desenfreada da erosão em todas as terras brasileiras.

Pioneiros – Entre essas ferramentas para conservar o solo está o plantio direto. Campo Mourão foi a segunda cidade do Brasil a implantar o sistema que revolucionou a agricultura brasileira. Com o pioneirismo dos agricultores Joaquim Peres Montans, Antonio Álvaro Massareto e Ricardo Accioly Calderari, Gabriel Borsato e Henrique Gustavo Salonski (in memorian), – cooperados da Coamo, o sistema de Plantio Direto está completando 46 anos de implantação na região Centro-Oeste do Paraná.

Terras lavadas – Quem comemora o sucesso da agricultura com o advento do Plantio Direto é o engenheiro agrônomo Ricardo Accioly Calderari, diretor-secretário da Coamo. “O progresso foi tão grande nos últimos 42 anos que os novos agricultores nem imaginam como eram os solos e a agricultura lá na década de 70”, diz. Calderari lembra que os agricultores na época, tinham duas grandes preocupações: precisavam de chuva, mas quando chovia, às vezes nem precisava ser muito forte, para que as terras fossem literalmente ‘lavadas’ e tudo se perdia, a lavoura e o solo. “Se existe agricultura hoje é porque existe o plantio direto”, conta.

Benefícios – Após mais de quatro décadas da sua implantação, o sistema continua safra após safra sendo comemorado pelos agricultores da região de Campo Mourão. Entre os benefícios dele estão a tranquilidade e agilidade no plantio, reserva de umidade no solo, menor custo de produção, maior segurança, germinação uniforme, desenvolvimento das plantas em um mesmo padrão, tolerância ao veranico e, sobretudo, a conservação dos solos, aponta o agricultor Joaquim Peres Montans.

Fonte:  Imprensa Coamo, disponível no Portal do Sistema Ocepar

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