De acordo com o relatório de O&D divulgado pelo USDA no dia 12/08, a produção mundial da pluma para a safra 22/23 está estimada em 25,48 milhões de t, declínio de 2,54% quando comparada com a última projeção.
Esse recuo foi puxado, principalmente, pela diminuição expressiva de 18,90% na produção dos EUA, devido às adversidades climáticas que comprometeram grande parte das lavouras do Texas (principal produtor do país).
No que tange ao consumo mundial, este também apresentou uma leve queda de 0,73% no comparativo mensal, previsto em 25,90 milhões de t, 1,66% superior que a produção esperada.
Por fim, diante do cenário de oferta mundial limitada, os preços da pluma na bolsa de NY no dia 12/08 se sustentaram com tendência altista, com os contratos de dez-22 e jul-23 exibindo elevação diária de 3,82% e 4,12%, respectivamente, voltando a atingir o patamar de ¢ US$ 100,00/lp.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Alta: em resposta às pioras nas condições das lavouras dos EUA, o contrato de jul/23 apresentou incremento de 6,90% na semana, cotado na média de ¢ US$ 95,24/lp.
- Valorização: reflexo da alta nas cotações da bolsa de NY, o preço Imea da pluma exibiu aumento de 1,27% em relação à semana passada, cotado na média de R$ 194,06/@
- Queda: em Mato Grosso, o óleo de algodão disponível apresentou baixa de 1,00% no
comparativo semanal, precificado na média de R$ 6.712,15/t.
Mesmo com registros de chuvas, a colheita da safra 21/22 da pluma seguiu em ritmo acelerado em MT.
As chuvas observadas na última semana em MT afetaram a qualidade da pluma em algumas lavouras do estado, a qual apresentou danificação na coloração e brilho. Contudo, as chuvas não impactaram o andamento dos trabalhos a campo no estado.
Dessa forma, a colheita em MT atingiu, na última sexta-feira (12/08), 74,26% da área total estimada para a temporada, avanço semanal de 16,01 p.p. Assim, os trabalhos a campo neste ciclo estão 21,78 p.p. à frente do percentual registrado no mesmo período da safra 20/21 e em linha com o observado na safra 19/20, uma vez que essa temporada também foi marcada por uma antecipação da semeadura.
No que tange às regiões, a nordeste e médio-norte estão com o maior percentual de áreas colhidas, com 88,89% e 76,48%, respectivamente. Por fim, segundo o TempoCampo há perspectivas de chuva para o dia 19/08 no estado, o que deve ser um ponto de atenção para o cotonicultor mato-grossense.
Fonte: IMEA