Os preços das paridades de exportação da pluma de algodão em MT apresentaram uma valorização em relação à média do mesmo período do ano passado para os contratos de jul/20 e dez/20.

Dessa forma, na última semana as cotações avançaram 29,14% e 22,27%, quando comparado ao mesmo período de 2019, ficando em R$ 102,11/@ e R$ 101,98/@ na média do estado, para jul/20 e dez/20, respectivamente. Tal aumento está atrelado à valorização da moeda norte-americana, que por sua vez é reflexo dos impactos da Covid-19 e da insegurança política interna brasileira.

Por fim, é importante destacar que o dólar já vem sustentando o preço paridade há alguns meses, visto que, as cotações na bolsa de NY não têm demonstrado grandes recuperações e o preço do basis também não está atrativo no momento, o que é uma preocupação para o produtor caso a moeda recue, principalmente, para os que ainda tem grande parte da produção para vender.

Confira agora os principais destaques:

• O preço Imea-MT fechou a uma média de R$ 83,40/@, com queda de 0,55% em comparação à semana passada.

• Diante dos temores sobre uma segunda onda de infecções por coronavírus, aliados à piora da projeção do Banco Central do Brasil para o Produto Interno Bruto anual, o dólar avançou 1,00% em relação à semana passada.



• Os subprodutos mato-grossenses encerraram a semana com desvalorização de 0,25%, 1,47% e 1,05%, e a um preço médio semanal de R$ 627,49/t, R$ 648,65/t e R$ 2581,55/t, para caroço, torta e óleo, respectivamente.

• Em ritmo lento nesta semana, a colheita de algodão mato-grossense avançou 0,23 p.p. até sexta-feira (26/06), chegando a 0,33% da área colhida até o momento.

Escoamento:

As exportações norte-americanas vêm em ritmo menor no ano de 2020. Assim, o país enviou ao exterior cerca de 1,8 milhão de toneladas de pluma no acumulado de jan a mai, um recuo de 1,5% ante o mesmo período do ano passado.

Tal desaceleração no escoamento está atrelada ao recuo da economia mundial (devido à Covid-19), principalmente, nos países onde a indústria têxtil movimenta a economia. No entanto, a China e o Paquistão aumentaram as suas compras em 63,1% e 38,2% no comparativo com o mesmo período do ano passado, representando um volume de +135,8 e 90,3 mil toneladas de pluma, respectivamente.

Diante do atual acordo comercial entre a China e os EUA, as exportações para o país asiático tendem a continuar aumentando, o que não será favorável para o Brasil, uma vez que o país é o segundo maior exportador da pluma mundial e aumentou a sua produção devido à grande demanda, principalmente no período de guerra comercial.

Fonte: Imea

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