Custos maiores: O Imea divulgou na semana passada o relatório do custo de produção de algodão referente ao mês de outubro em Mato Grosso para a safra 19/20, apontando um aumento em relação à safra 18/19 para os custos variáveis e operacionais, que tiveram um crescimento de 5,80% e 5,70%, respectivamente.
Os principais fatores do aumento dos custos se deram em virtude do avanço do dólar, visto que boa parte dos insumos é comercializada pela moeda americana. Vale salientar que esse aumento se deu em decorrência das despesas com macronutrientes e fungicidas, que tiveram um avanço anual de 12,00% e 9,70% respectivamente.
Outro fator que interferiu nos custos foi a mão de obra do trabalhador rural, pois boa parte da remuneração é paga em sacas de soja, e a oleaginosa teve uma valorização nos preços da safra corrente ante a safra anterior. Sendo assim, é importante que o produtor continue gerenciando seus gastos e aproveitando as oportunidades no mercado.
Confira os principais destaques do boletim:
• O Preço Imea-MT voltou a subir na última semana, apresentando um avanço de 1,21%, cotado a R$ 77,96/@, em decorrência da valorização da moeda norte-americana.
• Com a valorização do dólar as paridades de exportações de dez/19 e jul/20 apresentaram um avanço de 1,59% e 2,50%, ficando cotadas a um valor médio de R$ 87,56/@ e R$ 95,05/@, respectivamente.
• Pautado pelas incertezas do mercado externo de um acordo entre a China e os EUA, o dólar teve um acréscimo semanal de 2,45%, com um preço de R$ 4,17/US$.
• Os subprodutos de algodão em Mato Grosso apresentaram um leve decréscimo na semana de 1,39%, 0,99% e 0,99%, para caroço, torta e óleo, cotados a um valor médio de R$ 401,42/t, R$ 485,34/t e R$ 2.131,29/t, respectivamente.
SAFRA AMERICANA: O USDA divulgou o relatório de acompanhamento semanal da safra 2019/20 de algodão norte-americano. O cenário atual é voltado para a colheita, que atingiu seus 68,00% até o dia 17/11, apresentando um avanço de 17,24 p.p, quando comparado o mesmo período da safra 2018/19.
Sendo assim, os destaques maiores são para os estados de Louisiana e Arkansas, que, apesar de possuírem uma menor área, já se encontram com um percentual de 98,00% e 95,00% colhidos, respectivamente. O Texas, por sua vez, maior produtor do país, que apresenta uma área de 2,9 milhões de hectares, já atingiu 56,00% das suas áreas colhidas.
No que tange às condições, apenas 40% das lavouras são consideradas boas e excelentes, e com isso, o país vem apresentando um recuo na qualidade no campo quando comparada à média dos últimos cinco anos.
Desta forma, o foco agora é acompanhar beneficiamento e os rendimentos da fibra nas algodoeiras americanas.
Fonte: Imea