A colheita foi retomada até o dia 25/05, quando as condições de tempo seco e ensolarado foram favoráveis à diminuição de umidade nos solos e grãos. O índice colhido evoluiu pouco e alcançou 92% da área cultivada no Estado. Nas regiões do Planalto e Alto Uruguai, a operação foi finalizada. Ainda há maior número de lavouras a serem colhidas nas regiões Centro e Sul do Estado, onde a operação é feita de forma escalonada e na região Oeste e Noroeste, onde houve replantio ou plantios em safrinha, após o período de estiagem.
Na região administrativa da Emater/RS Ascar de Bagé, a colheita das lavouras na região Fronteira Oeste, onde está concentrada a maior área de produção regional – 37.558 hectares –, alcançou 92% das lavouras; os 8% restantes estão entre as fases de final do enchimento dos grãos e início da maturação. Cenário diferente se observa nas lavouras de milho da região da Campanha, onde a área de milho é expressivamente menor – 8.840 hectares cultivados.
Apenas em Dom Pedrito, a colheita já foi concluída, sendo que, em Caçapava do Sul, já alcançou 60% e em Lavras do Sul, 40%. Nos demais municípios, a colheita atinge menores proporções devido ao plantio tardio e principalmente ao manejo adotado pelos produtores, nas pequenas lavouras, de deixar as plantas a campo por longo período para que ocorra a perda de umidade; essa prática objetiva o consumo na propriedade e/ou a venda direta no mercado local.
Na de Caxias do Sul, a semana iniciou com tempo seco e favorável ao prosseguimento da colheita, porém as chuvas ocorridas depois de 26/05 interromperam a atividade. A condição de clima úmido e chuvas frequentes, desde a segunda quinzena de abril, têm causado perdas de qualidade do grão nas espigas, que apresentam grande quantidade de grãos brotados e mofados.
Na de Ijuí, foram colhidos 98%. As empresas cerealistas e as cooperativas retornaram a receber o produto com a aproximação do final da safra de soja, destinando parte da estrutura para o armazenamento de milho. As lavouras restantes a serem colhidas estão em estádio de maturação, com bom potencial produtivo, mas representam pequena proporção do total cultivado na região.
Na de Pelotas, prosseguiu lentamente a colheita em decorrência da continuidade de chuvas e a priorização das colhedoras de grãos à cultura de soja. A umidade de solo segue favorecendo o desenvolvimento do milho semeado mais tardiamente; as plantas ainda estão no estágio vegetativo, florescimento e enchimento de grãos.
Não houve registros de perdas significativas de lavouras por danos decorrentes das primeiras geadas generalizadas. Na de Santa Maria, restam por colher 15%, e na de Soledade 20%. Na regional de Santa Rosa, ainda resta por colher 11% das lavouras semeadas em safrinha; destas, parte está em fase de enchimento de grãos, e parte em maturação.
As lavouras que apresentavam bom vigor e boa sanidade, no momento, demonstram sintomas de doenças foliares, como enfezamento e manchas fúngicas, situação que leva os produtores a destinarem algumas lavouras, inicialmente cultivadas para a produção de grãos, para a confecção de silagem.
Essa condição também está sendo influenciada pelas projeções do tempo frio e pela possibilidade de geadas, que colocam em risco a continuidade do ciclo da cultura para a obtenção de grãos. Nas regionais de Erechim e Passo Fundo, a colheita foi tecnicamente encerrada.
Comercialização (saca de 60 quilos)
Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço da saca de milho teve redução de -0,47%, de R$ 84,71 para R$ 84,31.
Fonte: Emater/RS