A colheita chegou a 75% das lavouras, lavouras colhidas mais recentemente com boas produtividades, diferentemente das primeiras áreas colhidas no Noroeste do Estado, que tiveram perdas significativas devido à estiagem na primavera.

Na regional de Santa Rosa, 83% da área foi colhida. A produtividade média das lavouras de milho grão (somando safra e safrinha) está em 3.050 quilos por hectare. As áreas foram fortemente atingidas pelo déficit hídrico de fevereiro e primeira quinzena de março, que prejudicaram a fecundação das espigas, em algumas mau granadas, com falhas na base.

Além do ataque intenso de cigarrinha, com relatos de alguns produtores que realizaram até cinco aplicações de inseticidas para controlar esta praga, que até então não era muito conhecida dos produtores e não causava preocupação na região. A cultura segue com ataque de cigarrinha, e ainda mais intenso o ataque de cascudinho verde amarelo (Diabrotica speciosa), raspando as folhas, reduzindo área fotossintética.

Na regional de Ijuí, lavouras de segundo cultivo de milho em estado vegetativo apresentam sintomas de déficit hídrico nos períodos mais quentes do dia. Área pequena na região, ficando próximo a sete mil hectares.

Na Campanha, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita foi retomada, com índices colhidos variando de 20 a 40% nesses municípios. Parte dos produtores colhem de modo escalonado, para consumo na propriedade. As lavouras implantadas na segunda quinzena de dezembro – em enchimento dos grãos, apresentam algumas falhas na formação dos grãos da ponta da espiga, consequência da estiagem na primeira quinzena de março. Contudo, ainda devem atingir produtividades satisfatórias, pelas condições climáticas atuais adequadas para o enchimento dos grãos. De maneira geral, não houve relatos de infestações de lagartas nas lavouras, situação favorecida pelo clima úmido e as temperaturas baixas. Houve relatos de ataques de cigarrinha, causadora do enfezamento do milho.

Na de Frederico Westphalen, estão colhidas 97% das lavouras. Na de Erechim, 75% da área está colhida, o restante da colheita será realizado após a da soja, pois os produtores priorizam essa no momento.

Na de Passo Fundo, 92% das áreas estão colhidas. De maneira geral, a produtividade final tende ser bem mais promissora que aquela esperada no início da safra, em função, da baixa precipitação ocorrida nos meses de setembro a novembro. No entanto, as precipitações foram retornando e proporcionando recuperação, o que torna o cenário mais otimista. Parte da colheita não evoluiu na semana em função da migração para a colheita da soja.

Na de Santa Maria, 55% das lavouras foram colhidas. Em áreas de milho irrigadas em Capão do Cipó e Tupanciretã, foram obtidas produtividades de nove mil a 12 mil quilos por hectare. Em Capão do Cipó, nas lavouras não irrigadas a média de produtividade alcançada foi de 5.400 quilos por hectare, já em Tupanciretã, a média foi de 4.200 quilos.

Na de Soledade, segue a colheita, chegando a 55%. As condições climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento das lavouras em florescimento. Para lavouras em maturação, as temperaturas mais baixas aumentam o tempo de duração dessa fase, tendo em vista que a cultura depende de soma térmica para completar o ciclo. Mas isso não deverá interferir na qualidade do grão colhido.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, o tempo mais úmido nos últimos dias de março foram menos favoráveis à colheita da soja, e os produtores aproveitaram as máquinas para adiantar a colheita do milho que permite a operação mesmo em condições de umidade do ambiente mais elevada, mas com a volta do tempo seco, a colheita da soja é priorizada e o milho fica em segundo plano. Apesar das perdas localizadas causadas por períodos de seca e por enfezamentos transmitidos pela cigarrinha, a produtividade média deverá se manter em patamares elevados.

Na de Porto Alegre, a colheita atingiu 56% da área. De modo geral, as lavouras tiveram bom desenvolvimento, em especial as implantadas mais tarde, sofrendo menos com déficit hídrico. O milho de safrinha, ainda em sua maioria no período de desenvolvimento vegetativo, apresenta boas perspectivas de produtividade, apesar de detectadas em algumas lavouras a presença da cigarrinha, causando pequenos danos. As últimas chuvas foram benéficas, prevendo elevação da média da cultura para em torno de cinco mil quilos por hectare.

Na regional de Pelotas, a colheita foi realizada em 29% das áreas. Vão se confirmando ótimas produtividades na medida que avança a colheita. As lavouras apresentam bom estande plantas, bom desenvolvimento, coloração verde escura das folhas e bom espigamento e granação. A continuidade das chuvas mantém constante a umidade do solo, proporcionando tetos produtivos elevados que, associados ao alto preço do milho, são incentivo para que os produtores de milho investissem mais intensamente nas tecnologias de produção, como nas adubações nitrogenadas em cobertura, sistemas mecanizados de colheita, assim como na construção de sistemas de secagem e armazenagem do milho.

Mercado (saca de 60 quilos)

No levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, verificou pela segunda semana consecutiva, elevação no preço médio do milho de 0,75%, passando de R$ 79,16 para R$ 79,75/sc. Preço para produto disponível em Cruz Alta R$ 88,00/sc.

Fonte: Emater/RS-Ascar – Informativo Conjuntural – nº 1653

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