O período de 16 a 21/11 se caracterizou pela manutenção do tempo seco na maior parte do Estado, o que favoreceu a colheita que se encaminha para a finalização e já chega a 97%.
O restante das lavouras está maduro Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita avançou nas áreas semeadas em junho na Campanha. As produtividades apresentam variabilidade de 1.800 a três mil quilos por hectare. Nas áreas aptas para colheita, triticultores intensificaram a operação aproveitando condições climáticas mais secas, que favorecem diretamente a elevação do peso hectolitro (PH), indicando qualidade e melhor remuneração pelo produto.
As lavouras que ainda estão em fase de enchimento de grãos têm melhor potencial produtivo e se encaminham para finalização do ciclo. Na Fronteira Oeste, a colheita se aproxima do final.
Em Maçambará, com 21,5 mil hectares cultivados, 95% está colhido, a produtividade média é de 2.760 quilos por hectare, com áreas chegando a 3.600 quilos por hectare. A qualidade da maioria das lavouras é de PH acima de 78. Com a chuva volumosa de 17/11, os cultivos que estavam prontos para colher sofreram perda de qualidade, com PH ficando abaixo de 78.
Na de Santa Rosa, Ijuí, Frederico Westphalen e Porto Alegre, a colheita foi concluída. Na de Santa Rosa, a produtividade média alcançou 2.541 quilos por hectare. Em Santo Ângelo, na área experimental de manejo e conservação de solo os resultados foram superiores. Apesar
do déficit hídrico em julho e agosto, e do menor índice de afilhamento, o rendimento destas
lavouras foi melhor que das vizinhas.
A produtividade variou entre 3.060 e 3.660 quilos por hectare, com PH 78. O manejo compreendeu rotação de cultura (áreas não tinham trigo no ano anterior), aveia em cobertura, descompactação do solo e correção de acidez e da fertilidade no perfil de 0 – 20 centímetros. Os resultados evidenciaram o impacto do manejo e conservação do solo na produtividade, na qualidade dos grãos e na menor incidência de doenças de raiz.
Na região de Ijuí, a produtividade teve redução de 20% em relação a esperada e alcançou a média de 2.868 quilos por hectare. A qualidade física do produto colhido foi muito boa, PH superando 78, e classificado como tipo 1. Em Santo Augusto, relatos de cerealistas que exportam dão conta de recusa de cargas por excederem o limite máximo permitido de toxinas no grão (efeito giberela – causadora da micotoxina deoxynivalenol – Don).
Na de Frederico Westphalen, a produtividade ficou acima do previsto, e chegou a 2.923 quilos por hectare. A qualidade do trigo variou entre PH 74 e 83; nas regiões mais baixas, próximas da encosta do rio Uruguai, o rendimento foi afetado pelas chuvas, ventos fortes e granizo no final de setembro e início de outubro. Nas regiões altas, como Sarandi e Ronda Alta, as produtividades ultrapassaram 4.200 quilos por hectare, qualidade excepcional. Na de Porto Alegre, a produtividade média é de 2.880 quilos por hectare.
Nas de Caxias do Sul, Pelotas, Erechim, Passo Fundo e Santa Maria, a colheita avança de forma acelerada favorecida pelas condições do tempo seco, temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar. A qualidade dos grãos varia entre 75 e 80 de PH. A baixa umidade dos grãos tem favorecido o padrão de qualidade. O rendimento oscila entre 2.400 e 4.320 quilos por hectare.
Comercialização (saca de 60 quilos)
Conforme o levantamento de preços realizados pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço médio do trigo teve redução de 0,23% em relação à semana anterior, passando de R$ 81,80 para R$ 81,61/sc. O preço do produto disponível em Cruz Alta aumentou 3,5% na semana, chegando a R$ 88,00/sc.
Fonte: Emater-RS